Psiquiatra fala ao Glamurama sobre sexualidade nos tempos modernos

Dra. Carmita Abdo conversa com Joyce Pascowitch sobre questões da sexualidade moderna

Numa pesquisa recente que lista as prioridades para se ter qualidade de vida, homens e mulheres têm uma coisa em comum: ambos colocam a boa alimentação como principal item. Já em relação ao sexo, os gêneros diferem bastante. Os homens apontam esse como o terceiro item mais importante. Já as mulheres o colocam em sétimo lugar. Quem atesta os fatos é a Dra. Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em um bate-papo com Joyce Pascowitch na Casa Glamurama, para convidados. Confira outras situações comuns dos tempos modernos.

* “Temos muitos homens que se admitem viciados em sexo virtual. Alguns esperam a companheira dormir para entrar na internet e simular relações sexuais online”, diz a psiquiatra, que atende em seu consultório em São Paulo.

* Outro fenômeno moderno que chama a atenção de Carmita é sobre a relação das redes sociais com sexualidade. “Apesar de, ao mesmo tempo, a internet promover uma troca maior de informações sobre sexo, ajudando muitas pessoas a se soltar, há os muitos casos de fotos expostas e ‘viralizadas’. Às vezes temos casos que terminam em tragédia.”

* Ela também explica que, por medo de uma repercussão negativa, muitos rapazes recém-saídos da adolescência já são dependentes de medicações que estimulam a ereção. “Eles ficam inseguros, e desde a iniciação sexual não conseguem deixar de usar, por medo de haver algum comentário negativo que circule entre amigos ou conhecidos.”

Para os casos citados, e outros em relação à sexualidade na vida de homens e mulheres jovens, a médica cita a importância de se tomar as rédeas das relações, e não sentir insegurança em pedir ao parceiro o que precisa. “Se a mulher não quer que a relação seja gravada, e o parceiro quer, ela precisa conversar. Assim como os homens têm que conversar com elas em casos de insegurança, para não precisar recorrer à medicação. O importante é saber o que se quer e saber falar com o parceiro”, completa a psiquiatra.

 

 

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