É bom que Jorge Paulo Lemann se prepare, porque o dono da maior cervejaria do mundo agora tem como concorrente ninguém menos que a rainha Elizabeth II. Isso porque uma das propriedades particulares da monarca, o Palácio de Sandringham, que fica na região de Norfolk da Inglaterra, anunciou nessa semana que começou a produzir dois tipos de cervejas artesanais, uma IPA (Indian Pale Ale) e uma Special Bitter.
Ambas estão entre os tipos da bebida que mais vendem nos pubs do Reino Unido, e são cem por cento produzidas com ingredientes cultivados no próprio Palácio de Sandringham – que ao contrário de outras propriedades reais, como o Palácio de Buckingham, está entre as que fazem parte do portfólio de bens que pertencem exclusivamente à Sua Majestade.
A princípio, as duas cervejas serão vendidas apenas nas lojas de souvenirs de Sandringham, que é parcialmente aberto ao público (apesar de que foi fechado para esse fim durante a pandemia). Mas existe uma série de produtos feitos lá que também são vendidos em outros lugares, uma vez que o palácio também é uma empresa que visa o lucro.
Dona de uma fortuna estimada em £ 360 milhões (R$ 2,63 bilhões), Elizabeth II possui outras propriedades que não fazem parte dos ativos da Coroa e nas quais existe produção ativa de itens como queijos e outros laticínios. Somadas, todas lhe rendem algo em torno de £ 20 milhões (R$ 146,2 milhões) por ano, um dinheiro que acaba sendo usado para que ela não dependa totalmente dos fundos públicos a que tem direito. (Por Anderson Antunes)