A última reviravolta sobre o escândalo sexual protagonizado por Harvey Weinstein é digna da imaginação dos melhores roteiristas de Hollywood. Glamurama explica: é que a produtora em crise dele, a The Weinstein Company (TWC), está a um passo de ser assumida por um grupo formado exclusivamente por mulheres executivas, lembrando que a empresa caiu em desgraça desde que vieram à tona as várias acusações de assédio e abuso sexual contra seu sócio mais famoso. A ideia conta com o aval de Ron Burkle, o bilionário americano que fez fortuna no setor de varejo e também investe na produção de filmes.
Burkle, que se declara amigo de celebridades como P. Diddy e Gisele Bündchen, comprou uma fatia da TWC há anos quando Weinstein o procurou para pedir dinheiro emprestado, e desde então passou a ter poder de decisão nos rumos da companhia, apoiado pelos outros acionistas. Acontece que ele está se mexendo nos bastidores, com um certo sucesso, para atrair investidoras poderosas dispostas a comprar o restante da TWC que está nas mãos do ex todo-poderoso do cinema e de seu irmão, Bob Weinstein, além de bancos.
Os valores em jogo giram em torno de US$ 275 milhões (R$ 891,2 milhões) a US$ 500 milhões (R$ 1,62 bilhão), e tudo está sendo orquestrado pela banqueira Maria Contreras-Sweet, uma ex-integrante do governo de Barack Obama de origem latina que também é reconhecida como uma das feministas mais atuantes no mundo corporativo americano. Provável futura CEO da TWC, ela já avisou aos navegantes que vai estabelecer um conselho formado exclusivamente por representantes do sexo feminino assim que, eventualmente, passar a dar as cartas na produtora. Que tal? (Por Anderson Antunes)