No ar na reprise da novela ‘Totalmente Demais’, na Globo, a atriz e autora Priscila Steiman está acompanhando a volta de sua personagem, a vilã misteriosa Sofia. O suspense em torno do reaparecimento de Sofia se dá porque todos acreditavam que ela havia morrido lá no início da novela depois de sofrer um acidente de carro. Priscila, que está ligada na novela, conta como foi rever a trama e fala de sua repercussão: “Acompanho pelas notícias e pelas redes sociais toda a repercussão de como essa trama desperta o interesse do público”. Depois de ‘Totalmente Demais’, a atriz emplacou trabalhos no cinema, séries como ‘Justiça’, ‘Questão de Família’, Sob Pressão, e uma participação em ‘Novo Mundo’, que também está sendo reprisada. Além da atuação, Priscila já fez parte do time de roteiristas de algumas produções da Globo. “Já integrei a equipe de roteiristas da novela ‘Malhação – Intensa’ e do ‘Na Moral’, antigo programa do Pedro Bial”, conta.
Você tem acompanhado a repercussão da novela nas redes sociais?
Priscila: Sim! O interesse pelo retorno de Sofia é enorme! É realmente uma personagem sedutora, que traz a revelação de um segredo surpreendente e reviravoltas que dizem respeito a vários personagens da história, gerando tensão, conflitos e surpresas eletrizantes.
O que mais chama a sua atenção na Sofia?
Priscila: O que mais me chama atenção é a frieza dela. Acho interessante pensarmos os personagens através de suas fendas e o que é possível transbordar. Li alguns livros quando recebi os capítulos com o retorno de Sofia. Um deles foi ‘Garota Exemplar’, que me inspirou muito na composição para esta fase.
Qual a sua lembrança mais marcante da época das gravações?
Priscila: Fomos muito felizes em todo o processo da novela. Lembro que durante a preparação do elenco, eu e Vivi (Vivianne Pasmanter) tivemos uma crise de riso. Nos conectamos ali. Guardo lindas amizades desse trabalho. Depois ainda gravamos juntas em ‘Novo Mundo’. Em ‘Totalmente Demais’, a cena mais marcante sem dúvida foi a volta de Sofia para casa. Gravamos em um ‘take’ só, direto, sem nenhum corte sob a direção do Luiz Henrique Rios.
Como surgiu a oportunidade de direcionar a sua carreira para o lado de autora? Há vantagem em ser uma atriz/autora?
Priscila: A escrita sempre foi uma prática natural e fluida para mim, desde criança. Comecei a escrever no curso de teatro Tablado, que fiz desde os 9 anos. Aos 10, escrevi meu primeiro texto que compartilhei com o público, atuando durante uma peça de fim de ano. Foi divertido. Sempre escrevi cartas para presentear a minha família e amigos. Nunca pensei em um dia viver para a escrita, como hoje em dia. Foi algo natural, uma necessidade de compartilhar as ideias, de realizar! Não vejo exercer a profissão de atriz e autora como algo dicotômico, acho que somos múltiplos e complexos. Sinto necessidade de criar e realizar. É onde o meu prazer habita.
Quais foram os seus trabalhos como autora, roteirista e/ou colaboradora na Globo?
Priscila: Comecei a trabalhar na Globo como autora há 10 anos, quando tinha 22 anos. Já integrei a equipe de roteiristas da ‘Malhação – Intensa’, escrita por Rosane Svartman e Gloria Barreto, e a do ‘Na Moral’, antigo programa do Pedro Bial. Depois parei por um período para me dedicar exclusivamente à atuação. Até que assinei como autora titular o especial ‘O Natal Perfeito’, exibido em 2018, e agora trabalho na nova temporada de ‘Malhação – Transformação’. É um trabalho árduo e que, atualmente, requer minha dedicação total.
E quais são seus planos pós pandemia?
Priscila: Quero poder reencontrar minha família e amigos. Quero proporcionar momentos afetuosos para a minha filha, que ela possa abraçar e conviver com os amigos. Sinto saudades da convivência com o outro e também de ações cotidianas: pegar metrô, levar minha filha na creche, me moldar na areia da praia, ir me emocionar no teatro, compartilhar uma sessão de cinema. Espero que essa pandemia tenha construído novos olhares e práticas na nossa sociedade. Que o exercício da cidadania seja incorporado em nossas vidas. Que ajudar as pessoas em situações vulneráveis seja um projeto de justiça social diária.