São grandes as chances de que a maior honraria concedida por Charles III neste ano, desde sua ascensão ao trono do Reino Unido, seja a que o sucessor de Elizabeth II está considerando entregar pessoalmente para a neta, a princesa Charlotte, de 7 anos, filha do meio da princesa Kate e do príncipe William: a de duquesa de Edimburgo, cuja titular anterior foi a própria falecida bisavó da menina.
A monarca mais longeva da história britânica a recebeu de seu pai, o rei George VI, quando se casou com o príncipe Philip, em 1947. E, só deixou de ser tratada assim depois que se tornou rainha, em 1952, apesar de que manteve a titularidade do ducado de Edimburgo junto com o marido que, por sua vez, foi chamado de duque da capital da Escócia até o fim de vida mesmo apesar de ser príncipe.
Mas, no caso de Charlotte, além de uma bela homenagem para a mãe, Charles III acha que também seria simbólico, já que a herdeira dos agora princesa e príncipe de Gales é a primeira mulher de toda a história da monarquia mais famosa do mundo cuja posição na linha de sucessão não foi alterada pelo nascimento de seu irmão, o príncipe Louis, em 2018, da mesma forma que não será caso Kate e William tenham
mais filhos homens.
Charlotte, que atualmente é terceira colocada entre os sucessores aparentes do avô, foi beneficiada por uma lei aprovada pelo Parlamento Britânico em 2011 que retirou a preferência masculina aos herdeiros da linhagem direta de rainhas e reis britânicos dali para frente, uma mudança na qual Elizabeth II – que assinou o novo regimento – atuou pessoalmente nos bastidores para que se tornasse realidade.