Primeiro investidor do Facebook, Peter Thiel também é um dos maiores entusiastas da criogenia, ciência que estuda a possibilidade de que os humanos um dia possam viver para sempre. O bilionário americano, um dos poucos assumidamente gays, tem até sua própria fundação dedicada exclusivamente ao tema: a Alcor, para a qual já destinou centenas de milhões de dólares da própria fortuna, atualmente estimada em US$ 4,8 bilhões (R$ 24,3 bilhões).
Até aí, nada demais, a não ser o fato de que ele declarou recentemente, pela primeira vez em uma entrevista, estar disposto a se tornar “cobaia” de um experimento que a entidade desenvolve, cujo objetivo é descobrir a cura da morte. Dias atrás, durante um podcast com a jornalista americana Bari Weiss, Thiel deixou claro que aceitaria sem problemas ter seu corpo congelado para ser “reavivado” futuramente.
A técnica, já testada com alguns animais, inclui o uso de nitrogênio líquido e de uma cama futurística conhecida como “Hypersleep”, próxima daquela vista em “Eternamente Jovem”, o filme de 1992 estrelado por Mel Gibson. Isso, no entanto, é tudo que se sabe a respeito das pesquisas da Alcor, desde sempre mantidas em segredo absoluto, acompanhadas de perto por grandes empresas e órgãos governamentais.
De sua parte, a Alcor costuma frisar que a busca pela eternidade é uma forma de mirar na Lua para, quem sabe, acertar uma estrela, ou seja, focando em algo inalcançável para conseguir um resultado mais realista, como vacinas para doenças ainda incuráveis. Mas Thiel parece de fato acreditar que o fim de seus dias pode ser driblado cientificamente. E não está sozinho na sua crença: Sergey Brin, um dos cofundadores do Google, endossa o coro.