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Grazi Massafera será Paloma em “Bom Sucesso” // Reprodução Instagram

Grazi Massafera até estava disposta a dar um tempo da TV para dedicar mais tempo à filha Sofia, de 7 anos, mas a protagonista Paloma da próxima novela das 19h, “Bom Sucesso”, conquistou o coração da atriz. “É a possibilidade de homenagear a minha mãe, Cleusa, que é costureira. Tenho muita memória afetiva disso, escuto o barulho da máquina de costura quando fecho os olhos. São muitas lembranças. Fiquei pensando: ‘Quando vou poder fazer uma costureira de novo?’ É uma homenagem também a tantas outras Palomas que têm por aí. Conversei com a Sofia e foi linda a conversa”, revela ela, que acrescenta: “Quando eu era pequena, via minha mãe trabalhando muito e lembro do quanto isso ajudou a me tornar uma mulher mais forte, lutadora. Ao mesmo tempo, estou atenta à Sofia. Vou administrar esse tempo”.

Sobre a personagem que batalha para criar os filhos sozinha, Grazi diz se identificar: “Tem um resgate à essa coisa popular. Um público que eu fui durante toda a vida. Agora estou aqui dando entrevista, virei atriz de novela, saí um pouco desse lugar, mas sou simples como ela”. E identifica a responsabilidade de dar vida à essa mãe solo, como tantas outras mulheres brasileiras. “Estamos vivendo um momento de personagens interessantes, podendo retratar a vida de tantas mulheres, mesmo na ficção, e me sinto com mais maturidade como atriz”, diz. “Tive a sorte de conquistar minha independência financeira antes de ser mãe e isso faz muita diferença. Mas muitas não têm isso, batalham na urgência para alimentar os filhos e acabam deixando seus sonhos de lado”. Entre as “coincidências” entre atriz e personagem, está a devoção por Nossa Senhora Aparecida. “Sou muito espiritualizada. Mais que uma religião, tenho fé. A Paloma também”.

Vivendo na ficção, a maternidade de três adolescentes, Grazi fala sobre o desejo de ter mais filhos. “Quero! Não sei nem quantos. Mas calma, né? Deixa eu arrumar um pai primeiro. Estou solteira. Até acho bom, estou sem tempo para nada, só trabalho”.

Na trama que estreia dia 29, Paloma descobre que tem seis meses de vida e passa a viver mais intensamente, mesmo descobrindo depois, que os exames foram trocados. E a atriz, como lida com a possibilidade da morte? “Tenho mais medo de perder as pessoas que eu amo. Se você pensar, falar de morte, é falar de vida. Estamos morrendo a cada dia que passa. A questão aqui é: ‘Como você tem vivido?’ Muitas vezes a gente não se questiona, tem hora que a gente acha que é imortal. O fato da Paloma ter uma data, faz ela se transformar, propõe uma reflexão. Você está vivendo como gostaria? Acho que se tivesse seis meses de vida, faria como ela, tentaria viver o mais intensamente possível. Ia mandar tudo para as cucuias e viajar com a minha filha”.

Ralando muito para dar o tom do drama vivido no folhetim, a atriz afirma que ainda assim é um momento prazeroso. “Ando só me colocando na pele da Paloma, virei prisioneira do Projac, não saio mais de lá”, diverte-se. “Mas a novela também tem humor, leveza, vai inspirar”. (por Brunna Condini)

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