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Mel Lisboa e Seu Jorge | Crédito: Divulgação

A ideia de conseguir prever o futuro e visitar o passado parece encantadora em períodos tão incertos. Caminhando por este universo, a áudio série “Paciente 63” protagonizada por Mel Lisboa e Seu Jorge promete encantar os apaixonados por passear pelo tempo.

A produção original do Spotify retrata a história da psiquiatra Elisa Amaral, que grava as sessões de um enigmático paciente, registrado como Paciente 63, que diz ser um viajante no tempo. Aquilo que começa como terapia de rotina se transforma rapidamente num relato que ameaça as fronteiras do possível e do real, que transita entre o futuro e o passado de dois personagens que podem ter nas mãos o destino da humanidade.

“Eu ia preferir voltar ao passado, mas não mudaria nada. Adoraria retornar para assistir alguns eventos históricos, como, por exemplo, o dia em que assinaram a Lei Áurea, gostaria de estar nesse dia. Gostaria de saber se houve Carnaval, se teve festa, comemoração, se teve represália. Gostaria de ver o grito do Ipiranga também, acho que seria interessante. Ou o dia em que Pedro Álvares encostou na Bahia, o encontro entre os portugueses e os índios, o que eles falaram, o que eles viram. Ou, de repente, uma gravação do “Poderoso Chefão”, imagina assistir o Marlon Brando quebrando tudo (risos)”, reflete Seu Jorge, em entrevista via Zoom, em que veste um roupão dos Vingadores.

“Eu ia adorar poder ver coisas positivas que aconteceram no mundo e que por algum motivo elas não se mantiveram. Aconteceram coisas no passado que foram boas e muito importantes, como, por exemplo, a descoberta da vacina contra a poliomielite, que salvou milhões de crianças. A gente tinha uma campanha com o Zé Gotinha no Brasil, que foi importante durante anos, salvou pessoas com a atrofia muscular. Hoje, estamos vivendo de novo uma coisa muito doida, com uma necessidade muito grande de se imunizar. A série fala disso, de que se a gente cuidar agora [no presente], não encontramos no futuro algo tão ruim”, comenta o artista.

Já Mel, que aparece no vídeo com uma máscara pff2 no pescoço, afirma não ter uma opinião definida. “Eu tenho pensado muito sobre nossas escolhas que também acarretam consequências. Dentre as escolhas, temos erros e acertos. Os erros ensinam muito e fazem você aprender, pelo menos a ideia é essa. Você aprende mais com os erros do que com os acertos, inclusive. Então, fico pensando que se voltarmos ao passado para tentar recuperar um erro, se fosse algo sobre o país, vou voltar para o ano de 2016, ali já deu ruim. Eu sozinha não posso fazer nada, posso pensar em algo menor, mas acho também que se aprendermos com os erros […] “, conta a atriz,

Segundo a atriz, estamos vivendo um momento de retrocessos e repetindo erros. “A coisa do negaciosismo, do obscurantismo é chocante. Como isso é possível? Gostaria de saber o que vai acontecer, sou curiosa, quero saber se vai acabar, se a gente vai poder fazer as coisas que fazíamos antes, como vai ser essa vida, se eu vou poder parar de usar máscara, se vai ter Carnaval. Eu gostaria de saber o que vai ser, mas temos que aprender. Aquelas pessoas que negam a ciência, que negam a vacina, que elas aprendam, olhem os números, vejam os fatos, parem de ler fake news, vejam o que funcionam. Se as pessoas do futuro não cometerem os mesmos erros que a gente, já é um grande passo”, desabafa Mel.

Sobre depois da pandemia, Seu Jorge afirma: “Espero que não tenha outra [pandemia]. Não é bom imaginar essa história assim. Que a gente possa matar isso de uma vez”. (por Baárbara Martinez)

Play para conferir o trailer de “Paciente 63”, que estreia 22 de julho.

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