Atualmente o sétimo homem mais rico do mundo, Larry Ellison deu um tempo em sua rotina de trabalho na gigante dos softwares que fundou há 41 anos, a Oracle, para dar expediente na produtora de filmes Annapurna Pictures, que pertence à filha caçula dele, Megan Ellison. A empresa é responsável por vários sucessos de crítica de Hollywood lançados nos últimos anos, como “American Hustle” e “Joy”, ambos com Jennifer Lawrence e Bradley Cooper, mas está mergulhada em dívidas que somam mais de US$ 200 milhões (R$ 747,6 milhões) e corre desde já o sério risco de ter que fechar as portas.
O comentário é que Megan, de 32 anos, teria perdido a mão no controle das finanças ao focar em produções com elencos estrelados, que não renderam o necessário nas bilheterias, sobretudo por causa dos altos salários das estrelas. Em tempos de filmes de super-heróis estreando nos cinemas dia sim e outro também, deixar de lado os lucros em potencial da sétima arte pode ser um erro fatal…
A solução foi chamar o pai bilionário, que já chegou chegando e na semana passada e mandou cancelar o desenvolvimento da cinebiografia sobre Roger Ailes, o ex-chefão da “Fox News” morto no ano passado que caiu em desgraça depois de ser acusado de assédio, e que seria estrelada pela dupla Nicole Kidman e Charlize Theron. Vale destacar que nenhuma das duas coloca os pés em um set de filmagens por menos de US$ 10 milhões (R$ 37,4 milhões). Já Jennifer Lopez, que esperava filmar com a ajuda da Annapurna a aventura “The Hustlers at Scores”, foi informada na mesma época que deveria procurar um novo parceiro para e empreitada.
Ellison, de 74 anos, é dono de uma fortuna estimada em US$ 57,7 bilhões (R$ 215,7 bilhões), mas já avisou a herdeira que não pretende cobrir os prejuízos causados pela má gestão dela. Seu intuito com a intervenção na Annapurna é apenas ajudar Megan a contornar o problema, e assim prepará-la para evitar que outras turbulências desse tipo a surpreendam no futuro. Assim como a maioria dos membros do clube dos dez dígitos, ele odeia jogar dinheiro fora – mesmo que sejam só “alguns trocados”. (Por Anderson Antunes)