A mais recente campanha da linha de televisores de alta definição da Samsung não agradou a Pelé. A peça, que mostra um homem negro e a imagem de um jogador de futebol realizando um chute de bicicleta, foi exibida pela primeira vez no “The New York Times” e considerada inapropriada pelos advogados do astro brasileiro, para quem o homem negro em questão é um “sósia” do ex-jogador. Pelé, segundo eles, deveria ter sido consultado a fim de dar permissão para que a empresa coreana usasse alguém parecido como ele em um anúncio.
O imbróglio foi parar na justiça, com os advogados de Pelé apresentando uma queixa contra a Samsung em uma corte de Chicago, nos Estados Unidos, por meio da empresa Pele IP Ownership LLC, que controla a marca Pelé e os direitos de imagem do ex-jogador no exterior. Eles pedem indenização de US$ 30 milhões (R$ 108,6 milhões). O caso lembra um processo aberto por Michael Jordan em 2009 contra uma rede de supermercados americana, que usou o nome dele sem autorização em anúncio veiculado na revista “Sports Illustrated”. Jordan acabou vencendo a ação no ano passado e embolsou US$ 8,9 milhões (R$ 32,2 milhões) em indenização, soma que ele doou inteiramente para obras de caridade.
Como atleta aposentado, Pelé recebe cerca de US$ 15 milhões (R$ 54,3 milhões) por ano em contratos publicitários, e vive de sua imagem, segundo seus advogados. A Samsung ainda não se pronunciou sobre o assunto. (por Anderson Antunes)