Paulo Vilhena fala de seu personagem na novela e da vida amorosa: “Há um limite por amor, pelo menos para mim”

Paulinho Vilhena || Créditos: Reprodução Instagram

A carreira de Paulinho Vilhena ganhou um novo fôlego neste ano, inclusive ao ser escalado para a novela das sete da Globo, “Pega-Pega”, que fica no ar até o dia 18 de janeiro. Ele vive Evandro, o marido misterioso que se tornou cúmplice da mulher, a bandida Mônica, interpretada por Julia Lund. Em conversa com o Glamurama, Vilhena diz que não vê nada de si no personagem da trama, a não ser nas questões relacionadas ao amor. “Por amor, a gente acaba fazendo coisas que não faria normalmente. Mas eu não entraria numa profundidade tão grande como a de Evandro, a ponto de transgredir leis por amor. Há um limite por amor, pelo menos para mim”. Abaixo, mais sobre o bom moço.

O BON VIVANT

Vilhena como Vitor Baretti em “13 Dias Longe do Sol” || Créditos: Reprodução

Paralelamente à novela, Paulinho vai ao ar em “13 Dias Longe do Sol”, minissérie de Elena Soárez e Luciano Moura que estreia nesta quinta-feira no Globo Play e em janeiro na TV. Na trama, o ator vive Vitor Baretti herdeiro bon vivant de uma construtora responsável pela criação de um centro médico que desaba em fase de construção por conta das más condições da obra. “Os personagens são muito bem desenhados, não é como uma novela que você não sabe o que vai acontecer, que começa de uma maneira e depois pode ter uma virada. Como são dez capítulos, você consegue determinar o espaço de cada personagem. O formato de minissérie ajuda muito nessa construção.”

Sobre seu personagem, explicou: “É um cara que não tem responsabilidade alguma sobre a própria empresa, não se preocupa com o profissionalismo. Com a tragédia, se vê no olho de um furacão do qual fugiu a vida inteira, sendo obrigado a lidar com uma série de coisas a ponto de aceitar vender a empresa a preço de banana para se livrar das questões jurídicas”. A série se baseia em casos reais como o Palace 2, na Barra da Tijuca, no Rio, que foi implodido em 1998, além do trágico desabamento de uma obra do metrô em São Paulo, em 2007. Promete!

VILÃO É MAIS GOSTOSO
Com mais de 20 anos de carreira – sua estreia foi no seriado “Sandy & Junior” (1998) -, o ator não titubeia em dizer que prefere papeis de vilão aos de bom moço. “Acho vilão mais legal de modo geral. Mas vejo que os autores têm dado cada vez mais tridimensionalidade aos personalidades. Todo mundo tem seus dias difíceis em que não é capaz de fazer o bem”, explica. Sobre a nova tônica dos personagens atuais, continuou: “O público não está mais a fim de ver só uma característica no personagem, até para ele se identificar. Por isso surgem papeis mais humanos. E isso implica em maior liberdade aos atores e diretores.”

“ME TIRA DO SÉRIO…”
“Sou um cara bom caráter, mas às vezes me estresso, fico bravo. O trânsito, a falta de respeito com a natureza, com a política, a falta de cuidado com a saúde…. Coisas que nos fazem ficar meio descrentes do país que vivemos. São as piores coisas que podem acontecer para um cidadão. E como diz a música de Chico Buarque: ‘A gente vai levando’. Às vezes sem um trago ou uma bebida fica difícil de segurar o tranco. Dentro do meu dia a dia procuro me manter coerente com meus valores e condutas, até porque não adianta querer mudar alguma coisa que não está no meu alcance. O que eu posso é estar com outras pessoas e criar uma ação conjunta que ela possa chegar a um órgão maior como um apelo para a mudança.”

ELE NO CINEMA

Vilhena na peça “To Grávida”, que vai virar filme em 2018 || Créditos: Divulgação

A peça “To Grávida”, que viajou o Brasil por quatro anos, vai virar filme com Vilhena e Fernanda Rodrigues. Sobre levar o espetáculo para as telonas, ele falou: “Vimos que o tema é muito pertinente e de muita identificação, já que todo mundo já passou por isso em algum momento da vida. E daí veio a vontade de atingir um público maior do que o teatro”. Em tempo: o filme ainda está em processo de adaptação de roteiro para o cinema e deve entrar em pré-produção em fevereiro. No momento, os atores estão se reunindo com parceiros e captando parcerias com empresas. A direção do longa ainda não foi definida.

MESMO TETO

Paulinho Vilhena com a namorada, a executiva paulistana Amanda Beraldi || Créditos: Divulgação

Vilhena namora há sete meses a executiva Amanda Beraldi, que acaba de assumir posto de diretora de marketing global do Club Med. Os dois se conheceram no fim de 2016 e passaram a dividir o mesmo teto há três meses. Ela, que é “paulistaníssima”, como disse o ator, se mudou para o apê dele no Rio, mas mantém sua casa em São Paulo, já que o casal vive na ponte-aérea. Sobre a relação, ele falou que não rola ciúmes: “A gente tem uma relação madura. Não tem o que mudar nessa altura do campeonato. Tem que entender qual é o desejo profissional do outro.”

CASA “NEURONHA”
O caso de amor entre Paulo Vilhena e Fernando de Noronha vem de tempos. Desde que foi à ilha pela primeira vez, em 2005, jura que sua vida mudou.”É um lugar que pode mudar a vida, tornar uma pessoa melhor”. Desde então, se impôs a meta de visitar Noronha pelo menos duas vezes ao ano. No ano passado, transformou sua paixão em algo maior, com a criação do projeto Casa Neuronha, focado em propagar ações sociais que acontecem lá, assim como propor aos turistas que visitam o destino uma experiência mais profunda. Neste ano, o projeto ganha nova edição entre os dias 27 de dezembro e 4 de janeiro. “Vamos levar pessoas influentes que possam propagar o conceito”. No dia 3 de janeiro, Paulinho pretende armar uma festa em Noronha para comemorar seu aniversário. Isto é, se as gravações finais de “Pega-Pega” permitirem… (por Julia Moura)

Sair da versão mobile