Para quem acha que a vida na Terra não anda muito bem, espera só para ver como é a vida em Marte. Em “Minha Vida em Marte”, que estreia no dia 25 de dezembro nos cinemas, Paulo Gustavo brilha na pele de Aníbal, sócio e amigo inseparável de Fernanda [Mônica Martelli], que a ajuda a enfrentar um casamento em crise. O filme mostra que toda a mulher deveria ter um Aníbal na vida, aquele ombro amigo para desabafos e parceiro para o que der e vier. No mês de lançamento do longa, Glamurama faz o aquecimento para dar boas gargalhadas no cinema com entrevista exclusiva com Paulo Gustavo. Em papo com o Glamurama, ele conta tudo sobre a amizade deliciosa que tem na vida real com Mônica Martelli (um spoiler do filme, praticamente), sobre sua vontade de ser pai, o casamento com o dermatologista Thales Bretas, novos projetos e ainda sobre sua vida em Nova York, onde agora tem um apê para chamar de seu, tá? Ao papo!
Glamurama: As expectativas para a estreia de “Minha Vida em Marte” são altas! De que forma você acha que o filme vai impactar os espectadores?
Paulo Gustavo: “Estamos superansiosos para a estreia. Os comentários que temos visto na internet são ótimos, o pessoal tá mega ansioso. Estamosempolgados e confiantes. O filme vai tocar as pessoas porque fala de um casamento em crise e sobre amizade, porque o Aníbal ajuda a Fernanda a passar por um momento difícil com mais leveza, mais humor… Isso é muito legal, vai tocar o coração das pessoas.”
Glamurama: Falar sobre um momento de crise com humor é um trunfo do filme. Ele pode ajudar pessoas que passam pela mesma situação?
Paulo Gustavo: “É muito legal ter um amigo para todas as horas, pra te ajudar a superar um momento difícil como esse, que é o fim de um casamento. Aníbal é um cara em quem a Fernanda pode confiar, dividir as dores e alegrias dela. Ele torce por ela, está ‘fechado’ com ela na saúde, na doença, na alegria, na tristeza… É muito legal ter um parceiro assim na vida. A história é muito engraçada e emocionante ao mesmo tempo.”
Glamurama: Como é protagonizar uma história que imita a vida real?
Paulo Gustavo: “Eu estou mega feliz por estar protagonizando esse filme porque essa independência foi o teatro que me deu – devo tudo a ele -, e poder escolher com quem você trabalha é muito legal. Escolhi trabalhar com Mônica, fui escolhido por ela, somos muito amigos na vida real e acho que levamos nossa amizade, carinho e cumplicidade para nossos personagens. Nossa amizade só fica mais forte, a gente virou irmão. É a arte imitando a vida.”
Glamurama: Como compara as duplas Aníbal e Fernanda X Paulo e Mônica?
Paulo Gustavo: “Somos muito parecidos com Aníbal e Fernanda. Sou parceiro da Mônica, ela pode contar comigo sempre e tenho certeza que posso contar com ela também. A gente trabalha junto, viaja junto, passeia junto, acorda junto, dorme junto… sempre que podemos estamos juntos, então acaba que fica tudo meio misturado. Um dia acordamos, tomamos café e rimos, aí daqui a pouco estamos no set gravando e rindo também. Temos muitos planos ainda.”
Glamurama: Como vocês se conheceram? Bateu a empatia logo de cara?
Paulo Gustavo: “Conheci a Mônica anos atrás quando fui estrear a peça ‘Minha Mãe é uma Peça’ no teatro Cândido Mendes, onde ela tinha estreado um ano antes ‘Os Homens São de Marte e é Para lá que eu Vou’. Encontrei com ela em um restaurante no Leblon, abaixei do lado dela, mostrei o folder da minha peça e falei ‘olha vou estrear uma peça lá.’ Ela falou, ‘ai que lindo, lá é super pé quente, você vai fazer sucesso.’ E eu já era amigo da Ingrid [Guimarães], que foi quem apresentou a gente. A partir dali começamos a trocar figurinhas e não desgrudamos mais. Temos histórias muito parecidas no teatro.”
Glamurama: Ela disse para o Glamurama que você coloca defeito em todos os caras que ela gosta! É verdade?
Paulo Gustavo: “Mentira! Não coloco defeito, nada. Nosso dever como amigo é proteger, então estou sempre abrindo o olho dela. Quem está de fora às vezes vê coisas. A pessoa que está envolvida em um relacionamento fica cega! Então eu estou ali, bem lúcido, de olho no que está acontecendo: ‘Mônica, será que aquele cara é o cara pra você? E aquilo que ele fez outro dia?’, são perguntas que eu faço. É claro que acaba parecendo que sou ciumento, mas não… quero ver a Mônica feliz. Ela se apaixona muito rápido, tem essa capacidade – é apaixonada pela vida -, e quando a pessoa é muito romântica, sonhadora, não vê coisas que quem está em volta vê. Isso é uma qualidade e um defeito. Mas a Monica tem muito mais qualidades que defeitos. É parceira, amiga, batalhadora, exemplo de mulher moderna, empoderada, que corre atrás, arregaça as mangas, que trabalha, está sempre atenta à criação da filha, dirige, produz, investe… Ela é uma show-woman!”
Glamurama: Vocês têm limites na hora de palpitar um na vida do outro?
Paulo Gustavo: “Claro, mas esse limite vai muito da nossa intuição, da nossa sensibilidade, nunca foi verbalizado. A Mônica nunca falou para mim ‘você não pode falar isso’ ou ‘eu não quero saber isso’, a gente nunca brigou. Sabemos onde podemos ir, a gente sente, né? Eu posso tudo com a Mônica e ela pode tudo comigo, mas tem que ter respeito, saber falar…”
Glamurama: O filme tem cenas gravadas em Angra dos Reis, onde soubemos que você passou por alguns apuros por conta de seu medo de bichos, especialmente tubarão. Como é esse pavor?
Paulo Gustavo: “Tenho horror de tubarão, então para mim é muito difícil gravar no mar. Gravamos em Angra mas eu estava sempre querendo sair da água, dizia, a cena já valeu? Já posso sair? Tenho horror de ficar em lugar que eu não controlo. Estar no mar e não saber o que está passando por baixo me dá agonia, pânico mesmo. Quando gravei ‘Além da Ilha’ quase morri para entrar no lago. Diziam que não tinha cobra e eu falava ‘comé que não tem? Passaram um raio-x aqui nessa mata inteira?’ (risos) Tenho pavor. No fim tirei de letra. Uma vez fui pra uma ilha na Austrália que chama Hamilton Island (a irmã do Thales mora em Gold Coast) onde tem aranha que mata, água viva transparente de 2 cm que dá parada cardíaca, cobra que mata em meia hora… Falei ‘gente, estou fazendo o quê nessa ilha?’ Fiquei apavorado.”
Glamurama: Sabemos que você ama Nova York e que comprou um apartamento por lá. Qual é sua relação com a cidade?
Paulo Gustavo: “Eu amo Nova York. Parece que vivi lá em outras vidas. Quando eu estou nos Estados Unidos saio um pouco desse lugar de ser observado por ser famoso e volto para o lugar de observador, que me preenche e me fortalece como artista. O artista vive de observação, então para mim isso é super importante. Em Nova York consigo ficar o dia inteiro passeando, vou na padaria, no supermercado, fico sentado numa lanchonetezinha vendo o povo passar, enquanto aqui no Brasil se eu faço isso fico tirando fotos, falando com as pessoas, o que também é maravilhoso – sou mega grato -, mas me tira a atenção. Para mim é importante viajar por causa disso, é quando me enriqueço como pessoa e profissionalmente.”
Glamurama: Algum outro projeto à vista? Qual?
Paulo Gustavo: “No cinema tenho o ‘Minha Mãe é uma Peça 3’, a terceira temporada de ‘A Vila’ e também fechei com o Multishow uma nova – e repaginada – temporada de “220 Volts”, programa que eu AMO fazer. Adoro fazer aqueles personagens. Comecei no canal com esse programa, então ele tem um significado maior para mim.”
Glamurama: E como é a vida de casado que você e Thales levam? Filhos ainda estão nos planos de ambos?
Paulo Gustavo: “Minha vida com Thales é maravilhosa, graças a Deus, vai muito bem, obrigado. Estamos muito felizes, tenho um carinho enorme por ele e ele por mim. Somos muito parceiros, amigos, cúmplices… ele é um cara muito família, então me traz para esse lugar. Gosto de ficar em casa com ele, de ficar junto, de fazer qualquer coisa com ele… Se eu ficar sentado olhando para uma parede em branco com ele, a parede fica com 400 mil cores. Sou apaixonado pelo Thales e a gente quer ter filhos, sim. Vamos ter, se Deus quiser. Estamos na luta. Vai acontecer na hora que tiver que acontecer.”
Glamurama: Onde vão passar as festas de fim de ano?
Paulo Gustavo: “Fico em Nova York até o dia 29. Dia 30 chego ao Brasil e vou para Angra dos Reis. Vamos passar o Réveillon lá.” (Por Julia Moura)