Para professor de Harvard, inovação disruptiva é solução para crise brasileira

Clayton Christensen no HSM Expomanagement, em São Paulo ||Créditos: Reprodução Instagram
Maior evento de gestão da América Latina, o HSM Expomanagement está a todo vapor em São Paulo. Nessa segunda-feira, quem abriu os trabalhos da edição 2015 foi o escritor Malcolm Gadwell, que já vendeu mais de 20 milhões de livros mundo afora falando sobre sucesso e fracasso profissional. Os empresários Abilio Diniz, Jim Mckelvey (co-fundador da Square) e Robin Chase (co-fundadora da Zipcar) também marcaram presença.Já nesta terça, PODER e Glamurama acompanharam tudo de perto. Entre os destaques do dia estava Clayton Christensen, professor de Harvard especialista em estratégia, que explicou por que os Estados Unidos encontram cada vez mais dificuldade para vencer as recessões e lançou luz sobre qual seriam os motivos – e as possíveis soluções – para a atual crise econômica brasileira. “Um dos caminhos para as empresas brasileiras é investir em inovação disruptiva, que é aquela que gera empregos e faz com que a companhia cresça por meio do desenvolvimento de produtos cada vez mais acessíveis”, disse, dando exemplos de como a Coreia do Sul e a Índia tiveram sucesso com essa estratégia. “A rede de escolas de inglês Wizard, por exemplo, fez com que milhares de brasileiros pudessem conquistar melhores trabalhos e, ela mesma, cresceu muito. Esse tipo de investimento gera crescimento para o país como um todo.”Além de Christensen, Walter Robb, CEO da rede de alimentos Whole Food, Daniel Lamarre, CEO do Cirque Du Soleil /) e Yves Morieux, do Boston Consulting Group, também deram palestras. Enquanto Robb elegeu sustentabilidade, transparência e cuidado com os funcionários como os pilares do sucesso de uma empresa, Lamarre falou sobre criatividade e Morieux, sobre produtividade. “As taxas de produtividade vêm caindo consideravelmente nos últimos anos e isso tem um impacto enorme na sociedade. Gestores gastam 40% do tempo redigindo relatórios e outros 30% em reuniões. Assim, sobra apenas 30% do tempo para cuidar da equipe, que acaba mal gerida”, disse à plateia.
Paul Krugman, prêmio Nobel de economia que subiu ao palco do HSM Expomanagement logo em seguida, cravou: “Em breve, vai ficar óbvio que os riscos econômicos envolvendo o Brasil eram exagerados”. Durante sua apresentação, ele ainda afirmou que em um ou dois anos a economia brasileira vai voltar a crescer. Segundo Krugman, o momento de otimismo extremo com relação ao Brasil e aos outros países que compõem os Brics (Rússia, ìndia, China e África do Sul) foi muito prejudicial para a economia nacional. “Além disso, tenho a impressão de que parte das aparentes dificuldades brasileiras vem das pessoas que estavam esperando uma tragédia há 13 anos, quando Lula foi eleito. É como uma vingança pessoal” destaca o economista, enfatizando atuação da mídia sobre os últimos acontecimentos. “Não estou dizendo que não é grave o que está acontecendo aqui – só não é tão grave quanto parece”
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