A previsão é de Chris Hughes, um dos cofundadores do Facebook: de acordo com o empresário, grandes empresas de tecnologia deverão cada vez mais “destruir” empregos no mercado de trabalho tradicional. Hughes falou isso em uma entrevista que concedeu ao canal de notícias econômicas CNBC, dos Estados Unidos, na qual também defendeu a ideia de que o governo americano deveria pagar US$ 500 (R$ 1.623) por mês aos funcionários públicos de lá que ganham menos do que US$ 50 mil (R$ 162,3 mil) por ano. “Se você trabalha para o seu país, o seu país deve cuidar bem de você”, ele disse, sugerindo que o extra deveria ser coberto pelos 1% mais ricos.
Autor de um novo livro que trata do assunto – “Fair Shot: Rethinking Inequality and How We Earn” (“Papo Reto: Repensando a Desigualdade e Como Ganhamos Dinheiro”, em tradução livre) – Hughes é um dos maiores defensores nos EUA da renda básica universal, algo que considera fundamental para evitar um colapso das nações em um futuro não muito distante em razão dos rápidos avanços da economia digital. “Não preciso de uma bola de cristal para saber aonde todos esses avanços estão nos levando”, ele explicou. “Mas certamente se trata de algo que vai continuar destruindo trabalhos”.
Casado desde 2012 com o ativista político Sean Eldridge, o ex-colega de classe de Mark Zuckerberg em Harvard trocou o Vale do Silício há anos por Washington, onde bate ponto com frequência (quando não está na townhouse que mantém em Nova York) e participa dos mais altos círculos do poder da cidade. Os US$ 450 milhões (R$ 1,46 bilhão) que ele tem em ações do Facebook, sem contar a participação na centenária revista liberal “The New Republic” que comprou há alguns anos, fazem dele uma das vozes jovens mais ouvidas e poderosas da atualidade, que certamente terá papel fundamental na eleição presidencial de 2020. (Por Anderson Antunes)