por Isabel de Barros para revista Joyce Pascowitch de outubro
Paolla Oliveira já entendeu que enquanto estiver no ar na novela Amor à Vida, muitas pessoas vão errar seu nome. Afinal, não trocar Paolla por Paloma, o nome de sua personagem na trama de Walcyr Carrasco, é quase impossível. A atriz parece já ter se acostumado à confusão. Até porque a rotina é tão intensa que Paolla anda mesmo mais para Paloma. A gravação começa diariamente ao meio-dia, podendo se esticar até as madrugadas – ou mesmo aos sábados. Mas seu dia inicia ainda mais cedo, às 7 da manhã, quando acorda três vezes por semana para malhar com um personal trainer. “Vou sem saber quem sou. Boto o tênis e, de repente, me pego fazendo agachamento”, diz ela, que, aos 31 anos, se cuida com moderação. Malha quando dá, nos outros dias prefere andar de bicicleta e tem vontade de se aventurar em aulas de tecido (atividade praticada no circo). Já a alimentação é um pouco mais regrada: gosta de verdura, peixe, salada, ovo e chocolate. “Deixo de comer coisas para me liberar no chocolate que amo”, confessa. O comentário geral no estúdio é que Paola está magra, com o rosto mais fino que antigamente.
Paulistana de nascimento, a atriz se mudou para o Rio definitivamente em 2006. Mora perto do Projac com dez gatos adotados e o ator Joaquim Lopes, com quem está há quatro anos. “O Joaquim, meu namorado, me ensinou a ser mais mulherzinha. Sempre fui mais para Pocahontas e Valente (personagens da Disney conhecidas pela força e garra, características tidas como ‘masculinas’). Gosto de tomar as rédeas da minha vida.” Sobre o futuro, não pensa. Prefere estar no aqui e agora – aliás, é uma das poucas atrizes que mal toca no celular durante toda nossa entrevista e ensaio. “Sou uma pessoa de prazos curtos e pequenas metas”, conta ela, que planeja tirar férias quando a novela terminar. O destino? “Quero Berlim e Paris, mas o Joaquim prefere Austrália e Tailândia.” A divergência parece não incomodar – até porque Amor à Vida só termina em 2014.
Voltando ao trabalho, perguntamos quem a inspira? “Mulheres que conseguem se modificar”, diz. A lista inclui Meryl Streep, Kate Winslet, Irene Ravache, Marieta Severo e Fernanda Torres. “Faria tudo por um personagem, rasparia o cabelo, emagreceria, engordaria – imagina que gostoso?” A verdade é que Paolla gosta do caminho que seguiu, mesmo sem hora para começar ou acabar e sempre tendo de desmarcar compromissos . “Essa profissão me permite viver muitas outras personalidades.” Inquieta, ela precisa estar sempre em atividade. E, de fato, está.
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