A palavra de ordem que impera nos corredores do Paris Saint-Germain a respeito das sérias acusações de estupro e outros crimes feitas recentemente contra Neymar é silêncio. Tido como protegido do poderoso empresário do Catar Nasser Al-Khelaifi, que é dono do time francês, o craque brasileiro e maior astro do PSG por enquanto não tem motivos para se preocupar com o emprego que responde por mais de 80% dos ganhos anuais dele.
Isso porque Neymar embolsa US$ 73 milhões (R$ 283,9 milhões) a cada doze meses para atuar nos campos pelo PSG, sendo o valor equivalente a mais de quatro vezes o que ele ganha fora dos gramados como garoto-propaganda de marcas como a Nike, a Red Bull, e o McDonalds: “só” US$ 17 milhões (R$ 66,1 milhões).
Muitas dessas empresas, no entanto, também mantêm contratos de patrocínio diretamente com a equipe treinada pelo alemão Thomas Tuchel, e estariam cobrando um posicionamento “mais firme” e de acordo com os que fizeram da parte de Al-Khelaifi e companhia em relação ao mais recente escândalo sexual do mundo futebolístico.
Especialistas em crises dessa magnitude ainda acreditam que é cedo pra dizer se Neymar corre o risco de perder patrocinadores, uma vez que nada foi provado contra ele ainda. Mas uma resolução sobre o caso só viria com a conclusão do processo, que corre no Brasil, onde a justiça não é das mais ágeis. Até lá, o mais provável é que todas as empresas que usam o nome e a imagem de Neymar para anunciar seus produtos e serviços optem por colocá-lo na geladeira temporariamente para evitar o risco de parecerem indiferentes a um suposto crime sexual. (Por Anderson Antunes)