Um anúncio de emprego postado na página oficial da realeza britânica nesta semana deu o que falar no Reino Unido e quase criou um incidente político, não se sabe se por descuido ou, no pior dos casos, por pura avareza… Glamurama explica: é que o departamento de recursos humanos da Royal Household, que cuida dos imóveis da família real, ofereceu na internet várias vagas para trabalhar de faxineiro no Palácio de Buckingham, a residência oficial da rainha Elizabeth II, em troca de rendimentos a partir de £ 8,17 (R$ 39,13) por hora.
Detalhe: Sadiq Khan, o prefeito de Londres, decretou dias antes que o salário mínimo ideal a ser praticado na cidade subiu para £10.20 (R$ 48,80) por hora. Apesar de não ser obrigatório o valor, foi quase que imediatamente adotado por grandes empresas que atuam na capital inglesa, como a Unilever, o banco Lloyds, a rede de lojas de móveis Ikea e até a Crown Estate, a holding responsável por administrar os bens da coroa. Tá certo que vários interessados se candidataram, mas só para efeito de comparação o salário médio praticado por supermercados de Londres é de £9,27 (R$ 44,40) por hora, e isso para funções básicas, como caixa e auxiliar de serviços gerais.
Justiça seja feita, a Royal Household paga, em alguns casos, ótimos salários. Cuidar das redes sociais da família real, por exemplo, pode render £ 50 mil (R$ 239,5 mil) anuais para os eventuais contratados, enquanto um contador e um secretário particular da monarquia chegam a embolsar £ 146 mil (R$ 699,3 mil) e £ 180 mil (R$ 862,2 mil) por ano, respectivamente. (Por Anderson Antunes)