Último rei da Grécia, Constantino II morreu nessa terça-feira (10), aos 82 anos, vítima de um derrame cerebral. Titular do trono grego entre 1964 até 1967 e membro da Casa Real de Glücksburg – a mesma da rainha Margrethe, da Dinamarca, e de Sofía, rainha mãe da Espanha -, Constantino perdeu seu reinado quando sucumbiu à instabilidade política de seu tempo, que culminou com um golpe militar em seu último ano no poder que o obrigou a deixar sua terra natal. Tecnicamente, no entanto, ele foi majestade até meados de 1973, quando a monarquia grega foi abolida para sempre.
Praticamente expulso da Grécia 56 anos atrás, Constantino se exilou com a família no Reino Unido, onde acabou sendo informalmente acolhido pelos Windsor. O rei Charles III, por sinal, acabou se tornando bastante próximo dele, e inclusive o convidou para ser padrinho de nascimento do príncipe William, seu sucessor, que também tinha no “primo” caído (os “royals” europeus se tratam por esse grau de parentesco) um conselheiro e até um exemplo.
Constantino passou boa parte de sua vida pós-realeza tentando recuperar seu extinto reino, sem sucesso. No começo dos anos 1990, o prêmio de consolação veio na forma de uma indenização de € 12 milhões (R$ 66,8 milhões) que o ex-rei ganhou depois de processar o governo da Grécia por € 500 milhões (R$ 2,8 bilhões), além do direito de retornar para lá. O dinheiro lhe foi dado, basicamente, para compensar as perdas pelos imóveis que possuía como pessoa física, incluindo a residência no Centro de Atenas que foi sua até o fim da vida.