O Brasil ainda não ganhou um Oscar, mas em compensação o país tem os dois diretores de cinema mais ricos do mundo. Glamurama explica: a alta de mais de 40% no valor da ação do Itaú Unibanco no último ano elevou as fortunas de Walter Salles e de João Moreira Salles, dois dos maiores acionistas do banco, para US$ 5,1 bilhões (R$ 16,9 bilhões) cada – ou mais de US$ 100 milhões (R$ 332,2 milhões) acima do patrimônio acumulado em vida por George Lucas, até pouco tempo atrás o detentor do título de cineasta mais rico. Antes que perguntem, Steven Spielberg tem na conta estimados US$ 3,6 bilhões (R$ 11,9 bilhões).
Walter e João, ambos profissionais da sétima arte, são filhos do banqueiro Walther Moreira Salles, que fundou o Unibanco, morto em 2001. Desde 2008, quando a instituição financeira se fundiu com o Itaú, eles são os maiores acionistas individuais do Itaú Unibanco junto com os irmãos Pedro e Fernando Roberto Moreira Salles, que possuem a mesma quantidade de ações que os diretores de “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”, e de documentários como “Santiago” e o novíssimo e premiado “No Intenso Agora”, respectivamente.
Mas a dupla não está sozinha entre os herdeiros do setor bancário que se deram muito bem na bolsa nos últimos dozes meses, como também é o caso dos irmãos Alfredo Egydio de Arruda Villela e Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela, também acionistas do Itaú Unibanco (da parte dos fundadores do Itaú), cujas fortunas individuais aumentaram 28% e 40% no período, respectivamente, para US$ 2,4 bilhões (R$ 8 bilhões) e US$ 2,2 bilhões (R$ 7,3 bilhões). Já os primos deles, Ricardo e Rodolfo Villela Marino, filhos de Milú Villela, até entraram para o clube dos dez dígitos por causa da bonança dos últimos tempos no pregão.
Em tempo: filhas do fundador do Bradesco, as irmãs Lina e Lia Maria Aguiar (que em 2015 prometeu doar seus bilhões para a caridade até o fim da vida) igualmente viram suas fortunas disparar no último ano, assim como a outra irmã menos conhecida delas, Maria Angela Aguiar Bellizia, que inclusive recuperou há alguns meses o título de bilionária. E olha que elas ainda tentam há anos na justiça reaver uma outra fatia do banco, atualmente sob o controle da Fundação Bradesco, que afirmam ser suas por direito, tudo isso em meio a várias reviravoltas. Tá aí uma boa história pra telona, hein! (Por Anderson Antunes)