Há exatos 208 anos nesta quinta-feira nascia Edgar Allan Poe, o escritor, poeta e crítico literário americano cuja obra está presente até hoje na cultura pop mundial. Um dos primeiros escritores americanos que conseguiram viver do próprio trabalho, em uma época quando a ideia de direitos autorais nem sequer era discutida, Poe publicou um romance, três coletâneas com seus contos e inúmeros artigos, poemas, ensaios e cartas.
Morto em 1849, em decorrência de prováveis problemas psiquiátricos – a causa da morte do escritor permanece um mistério, mas há relatos de que ele viveu seus últimos dias em grande estresse emocional, e de que suas últimas palavras foram “Que Deus ajude minha pobre alma” – Poe teve três grandes momentos em sua lendária carreira, que Glamurama lembra a seguir. Confira:
Ele criou um novo estilo de escrever
Um dos grandes feitos de Poe foi ter criado um estilo novo de contar histórias, algo que foi e continua sendo copiado por outros escritores. Ao contrário dos grandes nomes da época, ele focou na criação de histórias curtas, que abordavam temas poucos discutidos então, como suspenses envolvendo detetives, mistérios e ficção científica, gêneros que ele ajudou a desenvolver.
Ele foi o primeiro a escrever sobre temas góticos
Em sua busca por assuntos ignorados e até vistos como tabu, Poe escreveu muito sobre a morte, sem ser visto como apelativo, e temas ligados ao universo gótico e dark. Há inúmeros contos dele sobre funerais, decomposição de corpos e reanimação dos mortos. Nesse caso, o maior influenciado foi Tim Burton, um dos fãs mais famosos do escritor. “Edward Mãos de Tesoura”, “A Noiva Cadáver” e outros trabalhos do diretor estão aí para provar isso.
O lançamento de “O Corvo”
Muitos dos escritos de Poe são lembrados até hoje, mas nenhum teve tanta repercussão quanto o poema “O Corvo”. Originalmente publicado no jornal “Evening Mirror”, em 1845, o poema narrativo o transformou em um astro da literatura. Com uma atmosfera supernatural, uma linguagem estilizada e uma musicalidade poucas vezes vistas até então, “O Corvo” conta a história de um homem, geralmente identificado como um estudante, que lamenta a morte da mulher amada. O poema é considerado um fenômeno cultural, e rendeu adaptações no cinema e na TV e é, basicamente, o que mantém a obra de Poe viva até hoje. O sonho de qualquer profissional das letras, diga-se de passagem. (Por Anderson Antunes)