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A Europa é realmente especial para Orlando Morais. O músico, que cresceu tocando piano por influência de seus pais, conheceu Glória Pires nas ruas de Portugal, ganhou o prêmio de melhor álbum de world music no Victoires de La Musique – o Grammy francês – e transformou Paris em sua segunda casa. “Já morei em Portugal, Estados Unidos e França. Todos esses lugares influenciaram bastante meu trabalho. Mesmo que minha música preferida comece na África, passe pela Espanha e acabe em Portugal”, revela o cantor e compositor. Com 31 anos de casamento com Glória Pires, recém-completados, Orlando lamentou não poder estar com ela para comemorar a data. “Completamos 31 anos nessa sexta. Infelizmente, tivemos que passar longe um do outro porque estou em Paris trabalhando”, lamenta ele. Orlando está na capital francesa para o lançamento de seu documentário ‘Orlamundo’, que abrirá o Festival de Cinema Brasileiro, que começa no dia 9 de abril. De lá, conversou com Glamurama sobre sua carreira, casamento, filhos e o segredo para manter uma família tão unida. Confira!

Há quanto tempo você está com a Glória Pires e como se conheceram?
Fazemos 31 anos juntos nesta sexta. Infelizmente, tivemos que passar a data longe dessa vez. Conheci a Glória nas ruas de Portugal e pouco tempo depois já estávamos casados. Foi uma conexão incrível.

Como é a relação de vocês agora, depois de tantos anos?
É muito melhor. Quanto mais você conhece uma pessoa, melhor a relação vai se tornando. Ela é maravilhosa, companheira, admirável.

Qual é a receita para ter um casamento duradouro e uma família admirada por todos?
A gente casa para fazer alguém feliz. A felicidade da Glória e o que nós temos e construímos é o que mais me interessa. Trato ela com muito carinho e somos muito unidos. Não tivemos que nos modificar um pelo outro. A Glória sempre me deu mais vontade de ser eu.

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A Cleo não é sua filha de sangue, mas faz questão de chama-lo de pai. Como é sua relação com ela?
A Cleo é como uma filha minha. Estou na vida dela desde os 5 anos de idade e temos uma relação ótima, de pai e filha mesmo. Aliás, não tem diferença na criação dos filhos. Todos são tratados igualmente, recebendo o mesmo carinho e amor.

Recentemente saiu na imprensa que você e Cleo pararam de se seguir nas redes sociais… Procede?
Eu nem mexo muito em redes sociais. Na verdade, estou aprendendo agora. Com certeza foi um erro. Uma vez me falaram que eu não seguia mais a Cleo e, quando fui ver, era verdade. Devo ter apertado o botão sem querer. Mas isso não importa.

São 39 anos de carreira… Um longo tempo dedicado à música e agora ao documentário ‘Orlamundo’. Você pode nos falar um pouco sobre o filme? 
Esse documentário é sobre respeito. Ele reúne diversos músicos da África, Europa, China, Brasil, Vietnã… A mensagem é justamente a expressão de um sentimento que eu tenho sobre respeitar as pessoas como elas são. No filme, os cantores podem falar em seu próprio idioma, não precisam agradar o mercado e nem adorar alguém. É sobre cada músico ter sua própria essência.

A música é a sua grande paixão?
Sim, uma de minhas grandes paixões. Eu praticamente nasci tocando piano e, depois disso, a música foi me chamando. Se não fosse esse estímulo, não sei se teria seguido esse caminho. Sou uma pessoa comum, não tenho desejos de artista e tenho pouco interesse na vida das pessoas. Já fiz muita coisa, tenho uma vasta carreira e trabalhei com músicos do mundo todo.

Você já fez parcerias com nomes importantes da MPB. Como pintou a parceria com Cazuza, por exemplo?
O Cazuza eu conheci antes de morar em Portugal. Éramos amigos e, na época, ele não cantava, mas fazia uma peça. Passei um tempo fora do Brasil e, quando voltei, descobri que ele estava cantando e fui convidado por ele para assistir a um show do Barão Vermelho. Quando cheguei, a casa estava lotada e foi aí que eu entendi que algo interessante estava acontecendo. Todo esse universo que ele criou me fez entender que o Brasil estava passando por outro movimento musical incrível. Com isso, nos aproximamos e surgiu a parceria que resultou na canção ‘Portuga’.

E com Caetano Veloso? 
Caetano é um amigo desde sempre, um irmão, convivemos muito. Meu primeiro sucesso foi uma parceria com ele, ‘Divinamente Nua, a Lua”.

Você está em Paris para o lançamento de ‘Orlamundo’, mas você e sua família já moraram aí antes. Qual a sua relação com a cidade?
Gosto muito daqui. Já toquei muitas vezes em Paris, também morei durante a adolescência, ganhei Grammy, tenho ótimos amigos. Mas, apesar de ser especial, não sou muito apegado.

Essa mudança de país influenciou na sua musicalidade?
Eu já morei em Portugal, Estados Unidos e França. Todos esses lugares influenciaram bastante no meu trabalho. Mesmo que a minha música preferida comece na África, passe pela Espanha e acabe em Portugal.

Uma curiosidade: É verdade que vocês têm casa no Egito?
Sim, é verdade. Eu adoro o país. Quando morávamos fora e íamos para o Brasil passar férias, as crianças nunca queriam voltar e sempre choravam. Então começamos a passar férias em outros lugares, e o Egito era um deles. Temos uma cobertura lá.

Como é a rotina da família quando estão em temporada fora do Brasil?
Quando nos encontramos, a nossa rotina é bem comum: acordar, tomar café, rir muito e conversar. Almoçar, rir muito e conversar. Depois jantar, rir muito e continuar falando. Achamos assunto o tempo todo. Todos nós somos muito livres e, mesmo cada um morando no seu canto, nos vemos sempre que possível.

Como foi trabalhar com a Antônia como produtora do documentário?
Foi ótimo. Na verdade, peguei pneumonia e eu até pensei em deixar o documentário pra lá, mas a Antônia me ajudou. Ela foi essencial, organizou tudo, além de ser talentosa e sensível.

Outros planos para 2019?
Além do documentário, vou lançar um disco de carreira na França, chamado ‘Orlando Morais’. Tenho também algumas outras parcerias em vista e lançarei álbum em oito países diferentes.

 

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