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Outdoor com a logomarca do PagSeguro é colocado na entrada da Bolsa de NY || Créditos: Reprodução
Outdoor com a logomarca do PagSeguro é colocado na entrada da Bolsa de NY || Créditos: Reprodução

Líder da internet brasileira e parceiro antigo do Glamurama, o UOL fez bonito em sua recente estreia na bolsa de valores de Nova York. Conforme contamos aqui há duas semanas, o sistema de pagamentos digitais PagSeguro – que pertence ao UOL – realizou uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira na qual captou US$ 2,3 bilhões (R$ 7,3 bilhões) com investidores, uma soma bem maior do que o US$ 1,89 bilhão (R$ 6 bilhões) que os mais otimistas esperavam levantar.

Só para se ter uma ideia, esta foi a maior abertura de capital em Wall Street desde o IPO da Snap Inc., dona do Snapchat, em março de 2017, quando a companhia cofundada por Evan Spiegel vendeu US$ 3,4 bilhões (R$ 10,7 bilhões) em ações. Em um comunicado, representantes do PagSeguro informaram que o dinheiro será usado para financiar aquisições seletivas e também para desenvolver novos negócios, tecnologias e produtos.

E além de ter sido um marco para uma empresa brasileira no mercado de capitais americano, o IPO do PagSeguro – que agora é uma empresa com valor de mercado na casa dos US$$ 8,8 bilhões (R$ 27,8 bilhões) – também fez a alegria dos vários bancos internacionais que participaram da transação, como o Godlman Sachs, JPMorgan, Bofa Merril Lynch, Morgan Stanley, Credit Suisse e Deustche Bank.

Fundado em 2006, o PagSeguro fechou 2017 com faturamento estimado em R$ 1,7 bilhão e um lucro líquido entre R$ 460 milhões e R$ 480 milhões, consideravelmente maior do que o resultado de R$ 127,8 milhões do ano anterior e, portanto, bastante positivo quando se considera a recessão econômica do período, lembrando que o setor de pagamentos digitais é um dos que mais crescem no mundo virtual, embora ainda represente apenas 3,6% das vendas totais do varejo no Brasil – no Reino Unido e nos Estados Unidos essa fatia é de 18% e 7,8%, respectivamente, de acordo com o Banco Mundial.

O bilionário “self made” mais jovem do mundo, por sinal, fez fortuna justamente nesse meio: ele é o irlandês John Collison, cofundador da Stripe, uma empresa similar ao PagSeguro que, aos 27 anos, é dono de um patrimônio pessoal estimado em mais de US$ 1 bilhão. (Por Anderson Antunes)

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