Rodrigo Teixeira, o brasileiro que é destaque no cinema internacional, marcou presença na noite dessa terça-feira em São Paulo na pré-estreia de “O Animal Cordial”, longa de Gabriela Amaral Almeida que ele produziu, e estreia no dia 9 de agosto em circuito comercial. O que o fez mergulhar nesse suspense, um estilo ainda incomum no cinema nacional, ele revela ao Glamurama: “Gabriela [Almeida] me apresentou um texto que poucas vezes tive acesso no cinema nacional. Uma compreensão de personagem e de estrutura raras de se ver. Para mim, talvez ela seja um dos maiores talentos da escrita de cinema no país, então, tudo o que vem dela me dá vontade de fazer.” Apontando o gênero como algo a se investir no Brasil, completou: “Fazer cinema no Brasil significa buscar histórias que não são as que as pessoas estão contando. Quero dar espaço para gêneros e diretores novos, para histórias que falem com o Brasil atual.”
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Para a produção do longa “Ad Astra” (expressão em latim que significa “para as estrelas”), dirigido por James Gray e estrelado por Brad Pitt, e que estreia em dezembro, Rodrigo passou três meses em Los Angeles, convivendo dia a dia com o ator, um ícone de Hollywood.
“É um filme que envolve um custo muito elevado, uma produção como nunca participei na vida e que foi um aprendizado para mim”, contou Teixeira. Sobre o ator, ele revela: “Brad Pitt é um cara normal, discreto e uma estrela na medida que nunca vimos por aqui. Nunca tive um acesso tão próximo a um astro do nível de Brad Pitt. Só que, apesar disso, ele decora seu nome, sabe quem é você desde o primeiro dia e conversa com todo mundo.”
E a postura de trabalho do ator? “É um cara super profissional. Filma, vai para o trailer dele, filma de novo, descansa, e assim vai. Trabalha por 12 horas e volta para ver a família. O filme todo gira em torno praticamente dele, e ele estava lá todos os dias de bom humor, ralando. Fez um trabalho inacreditável.”
E tem mais: “Durante as filmagens feitas em Downton, Los Angeles, ele contratava, do bolso dele, food trucks para servir a equipe no fim da tarde. Um dia era torta, no outro pizza, no outro sorvete… Isso não existe, é um cara espetacular, só tenho coisas positivas pra falar sobre ele.”