O que os altos e baixos das fortunas dos mais ricos deste ano indicam sobre 2023?

Foto: Jérémy Barande / Ecole polytechnique Université Paris-Saclay

Longe de ser um mero “quem é quem” entre os 8 bilhões de habitantes da Terra, as listas com as pessoas mais ricas dentre todos eles são, acima de tudo, um retrato da economia global do ano que termina. Mas como esses rankings hoje são atualizados em tempo real, vale citar algumas curiosidades sobre o Top 10 com os maiores bilionários do planeta que podem indicar o que está por vir – e em várias indústrias.

O maior acontecimento em 2022 foi a escalada ao topo da lista dos mais ricos de Bernard Arnault, que controla o maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, o LVMH, dono da Louis Vuitton e da Dior, entre outras. Arnault não vende produtos para as massas, está longe de ser conhecido como Elon Musk – que “empurrou” para o segundo lugar na compilação – e ainda assim deve terminar o ano com US$ 181,6 bilhões, bem mais do que os US$ 158 bilhões que tinha em janeiro.

Mais do que isso, Arnault é um representante do varejo tradicional, ainda que suas lojas sejam para poucos, mas um segmento que parece ensaiar um revival. Algo que evidencia isso, aliás, é a queda da fortuna de Jeff Bezos, o fundador da Amazon e rei do e-commerce. Bezos começou 2022 com um patrimônio estimado em US$ 171 bilhões, quase que majoritariamente baseado em sua fatia de 12% na empresa que fundou em 1994. E o terminará com US$ 110,1 bilhões, sendo que nada menos que US$ 60,9 bilhões de sua riqueza foi pelo ralo.

Também chama atenção a quantidade de estrangeiros no Top 10 dos ricaços, que além de Arnault na dianteira ainda tem o industrial indiano Gautam Adani na terceira posição, com US$ 128,6 bilhões e desde já um forte candidato a novo homem mais rico do mundo; seu conterrâneo Mukesh Ambani, que investe em várias áreas e com seus US$ 90,9 bilhões está na oitava posição; e o mexicano Carlos Slim Helú, barão das telecomunicações e o maior bilionário da América Latina, na nona posição, com US$ 82,4 bilhões.

Entre os muito, muito ricos, no entanto, o maior tombo em 2022 foi o de Mark Zuckerberg, que viu sua fortuna mingua dos US$ 67,3 bilhões que
esbanjava lá no começo do ano para os atuais US$ 43,6 bilhões. E olha que em 2021 o cofundador do Facebook, hoje controlado pela holding Meta, chegou a ostentar o título de centibilionário que, por sinal, também havia sido ostentado por outras dez pessoas, das quais atualmente somente sete ainda o mantém.

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