“O preconceito ligou pra mim e eu falei: tá ocupado!” Fabiana Karla manda seu recado sobre amor próprio e gordofobia

Fabiana Karla é sinônimo bom humor e leveza. Em conversa com Joyce Pascowitch, a atriz, humorista e apresentadora trouxe todos esses atributos para falar sobre gordofobia e da importância de amor, autocuidado, os tabus e preconceitos que precisam ser quebrados quando o assunto é corpo: “As pessoas imaginam que a gente não se cuida. Você tem que respeitar seu corpo e seus limites”.

Além da aceitação, Fabiana falou que mudanças em prol do bem-estar também são bem vindas e ela está aberta a elas: “Se for um desafio na minha vida e eu tiver que perder peso, ou se estiver com minha saúde comprometida, vou fazer. Meu corpo é livre para eu fazer as mudanças que quiser. O bem-estar sempre esteve na minha vida. Tem gente que espera emagrecer pra se amar e isso é muito triste”.

E de onde vem toda essa força e autoestima? “A rede de apoio da família é fundamental. Tive a sorte de ter um pai que dizia que eu era linda e eu acreditei. Minha mãe sempre enalteceu minha inteligência, minha principal ferramenta, e para mim isso era mais importante que ser bonita”, conta. A autoconfiança ajudou a atriz a dar um chega pra lá no preconceito: “Nunca me senti discriminada e é engraçado porque não quer dizer que essa questão não se apresentou pra mim. O preconceito ligou para mim e eu falei: ta ocupado! A gente não pode perder tempo com coisas que vão tirar nosso sorriso. Tenho síndrome de Poliana, sou positiva que acredita em um final feliz”.

Claro que não podíamos deixar de falar de suas personagens icônicas. A atriz relembrou da Dra. Lorca, uma divertida nutricionista que fazia parte do programa humorístico Zorra Total. Ela fala que o humor é uma boa ferramenta para transmitir mensagens: “O humor é uma ferramenta importante em vários momentos, políticos, sociais, porque chega com mais leveza e se propõe a ser o ‘algodão entre os cristais’. Sabia que ali era uma forma de trazer essa profissão de nutricionista, que é de grande importância para nossa saúde. Na época via as pessoas fazendo muita malhação e dando dicas de alimentação, e elas não tinham formação para fazer isso. A gente quis trazer essa discussão”. Fabiana também falou de sua personagem na Nova Escolinha do Professor Raimundo que esbanja sensualidade, a Cacilda, vivida originalmente por Cláudia Jimenez. “Ela é  danada, babadeira. Ela mostra ali uma gorda empoderada, gostosa, que não deve nada a ninguém”.

A gordofobia ainda se apresenta latente na sociedade e Fabiana aproveita para mandar seu recado: “Como você quer apontar o dedo para alguém, dizer que ela não tem saúde, se ela não tem acesso para se cuidar? A maca é pequena, o roupão para os exames é pequeno… Os acessos são negados e as pessoas quando não têm acesso, estão excluídas”. O  papo completo você confere aqui:

 

 

 

 

 

 

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