A princesa Elizabeth da Iugoslávia desembarcou de surpresa em Nova York no começo da semana para se encontrar com a filha, a atriz Catherine Oxenberg, famosa por ter interpretado Amanda Carrington da série hit dos anos 1980 “Dynasty”. O motivo da viagem repentina tem a ver com a filha de Catherine, India, de 26 anos, que foi recrutada no ano passado pela seita sexual Nxivm, na qual mulheres só são aceitas depois que entregam fotos de si mesmas nuas e outros itens comprometedores, e depois que fazem isso têm o corpo marcado a ferro.
Elizabeth e Catherine a encontraram trabalhando como garçonete em um restaurante vegano do East Village, cujo dono garante que contratou a moça de origem nobre há pouco mais de duas semanas sem saber quem ela era e sem estar a par de seu passado recente. O problema é que India continua fiel ao líder da seita, Keith Raniere, preso em março em uma casa de Puerto Vallarta, no México, e imediatamente deportado para os Estados Unidos.
India se recusou a falar com elas e ameaçou chamar a polícia. Disse aos mais próximos que está disposta a ir para a cadeia por Raniere e que uma dia “será como Nelson Mandela”, já que acredita estar envolvida em algo muito grande. Em agosto, a mãe dela vai lançar um livro no qual contará sua versão da história, intitulado “Captive: A Mother’s Crusade To Save Her Daughter From a Terrifying Cult” (“Aprisionada: A Cruzada de Uma Mãe Para Salvar Sua Filha de Um Culto Aterrorizante”).
A vida de Elizabeth, de 82 anos, daria um filme. Nascida em um palácio de Belgrado, ela foi expulsa junto com a família do local em 1941, quando um golpe de Estado tirou do poder o pai dela, o príncipe regente Paul da Iugoslávia, e colocou um ponto final na monarquia. Prima do príncipe Charles e da rainha Sofía da Espanha, Elizabeth se radicou em Paris e, mais tarde, no Reino Unido, onde vive desde os anos 1970 e tenta até hoje reaver os tesouros de seus tempos de realeza. (Por Anderson Antunes)