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Ucrânia
Reprodução/Pexels

Recentemente, o atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu declarações atacando diretamente o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusando-o de neonazista e dizendo que seus ministros são usuários de droga. A Rússia também alega “desnazificação” como motivo da invasão à Ucrânia, palavra pouco comum para nós, mas que pode soar nostálgica aos russos.

O fato é que realmente nos últimos anos o neonazismo tem se expandido de maneira alarmante na Ucrânia, desde políticos eleitos institucionalmente abertamente neonazistas, atentados terroristas de milícias nazi, até a integração dessas mesmas milícias (que se designam grupos paramilitares ultranacionalistas) oficialmente ao exército do país.

Nos últimos anos, o neonazismo tem se expandido de maneira alarmante na Ucrânia, desde políticos eleitos abertamente neonazistas até a integração de milícias

A grande ascensão dos neonazistas ucranianos começa em 2014, durante os protestos do Euromaidan que acabam desencadeando o impeachment de Víktor Yanukóvytch, até então um presidente mais alinhado com os interesses russos.

Durante o Euromaidan, grupos neonazistas ganharam força e caíram no conhecimento popular, recrutando diversos “nacionalistas” e “patriotas” ucranianos, como a milícia neonazista Batalhão de Azov. Um fato controverso é que o Batalhão de Azov é uma milícia armada que está atuante hoje nas fileiras do exército ucraniano de forma legitima. Em outras palavras, eles fazem parte oficialmente do exército da Ucrânia por terem sido absorvidos pela Guarda Nacional. Então, sim, a Ucrânia é o único país do mundo a ter nazistas oficialmente e abertamente assumidos em seu exército.

O Batalhão de Azov é ligado intimamente ao partido político de extrema-direita Pravy Sektor (Setor Direito, em português), cujo lider Andriy Biletsky (também conhecido como “White Führer” ou “Führer Branco”) é abertamente reconhecido por defender a “pureza racial da Ucrânia”. Os membros da milícia usam símbolos neonazistas em suas roupas, fardas e bandeiras como Wolfsangel.

Em 2 de maio de 2014, o Batalhão de Azov fez um ataque terrorista à Casa dos Sindicatos, prédio ex-sede do Partido Comunista em Odessa, no sul da Ucrânia, mais de 400 pessoas feridas e 42 pessoas queimadas vivas.

Muitos grupos neonazistas além do Batalhão de Azov (como por exemplo o Svoboda, que inclusive é um partido político) têm ganhado força e hoje recebem apoio financiamento e armamento do Ocidente para lutarem nessa guerra. Dar dinheiro, arma e suprimento para milícias neonazistas com histórico de atentados terroristas é algo preocupante, principalmente para as minorias e imigrantes perseguidos no país.

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