Uma das principais estreias desse fim de semana nos cinemas dos Estados Unidos, a cinebiografia dramática “Luta pela Fé – A História do Padre Stu”, sobre a vida do ex-boxeador americano Stuart Long, que virou padre, é um projeto pessoal de Mark Wahlberg, seu produtor e protagonista.
Wahlberg levou mais de seis anos para tirar o projeto do papel, que foi quase que inteiramente bancado pelo próprio ator de 50 anos, cuja fortuna pode chegar aos dez dígitos por causa de um investimento dele fora de Hollywood.
O ator tem repetido isso em praticamente todas as entrevistas recentes que deu para promover o longa, e nas quais afirma que o trabalho lhe custou “milhões e milhões de dólares”. Nesses bate-papos com a imprensa, o astro da telona também afirma que se inspirou em Mel Gibson, queintegra o elenco da produção, para colocar dinheiro do próprio bolso em algo que acreditava muito.
Nesses casos ele se refere, claro, ao filme de 2004 “A Paixão de Cristo”, produzido, dirigido e totalmente custeado por Gibson, que investiu US$ 30 milhões (R$ 140,7 milhões) na obra cinematográfica que acabou faturando US$ 612 milhões (R$ 2,87 bilhões) nas bilheterias internacionais. Ambos os atores, aliás, são católicos de carteirinha, razão pela qual dão tanta importância para suas produções de apelo claramente religioso.
Em relação a Wahlberg e à sua empreitada, o ex-modelo de underwear da Calvin Klein nunca escondeu sua fascinação e admiração pelo sacerdote católico que interpreta em “Luta pela Fé…”, convertido ao catolicismo depois de sofrer uma grave acidente de moto que por pouco não foi fatal.
Diagnosticado quando ainda estava no seminário com miosite por corpos de inclusão (MCI), uma doença autoimune raríssima, o padre que trocou os ringues pelo púlpito morreu em 2014, aos 50 anos, em decorrência da doença.