Uma das clínicas de fertilidade mais famosas e caras de Nova York, a CCRM Fertility NY viveu dias de puro agito nessa semana. É que por conta do primeiro caso de Covid-19 registrado na Big Apple no domingo passado, o de um advogado que estaria em estado crítico no momento, as pacientes ricas do médico responsável pela clínica, o Dr. Brian Levine, correram atrás dele para garantir ou o congelamento de seus óvulos ou o do sêmen de seus parceiros. Ou, em vários casos, os dois procedimentos.
O medo delas, é claro, tem a ver com o frenesi global causado pelo novo coronavírus, que segundo algumas teorias ainda não confirmadas pode causar infertilidade em mulheres infectadas pela doença – apesar de que a Organização Mundial de Saúde e os Centros de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, agência do governo americano, já avisaram que não há nenhuma evidência científica que comprove essa possibilidade.
Muitas também temem uma grande epidemia que impediria as pessoas de saírem de casa por prazos longos, e nesse caso para aquelas que estão perto dos 40 anos garantir o tíquete para uma gravidez segura no futuro seria uma questão de prevenção básica. Por fim, há ainda as que temem uma crise financeira sem precedentes causada pelo Covid-19 que forçaria seus empregadores a cortarem planos de saúde que cobrem tratamentos para engravidar.
“As pessoas acham que se trata de uma ameaça iminente”, Levine, que trabalhou dobrado nos últimos dias, disse em entrevista ao “New York Post”. “Eu entendo o medo delas, mas não há nenhum indicativo de que esse novo coronavírus cause efeitos negativos em gravidezes”, tranquilizou o doc, que mesmo apesar da cautela já tem um plano para evacuar e armazenar em tanques os óvulos e sêmens para a eventualidade de o pior dos cenários se tornar realidade. Vai que né… (Por Anderson Antunes)