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Frank Sinatra || Créditos: Getty Images
Frank Sinatra || Créditos: Getty Images

O dono do par de olhos azuis mais famosos da história de Hollywood nascia há exatos 103 anos, no dia 12 de dezembro de 1915. E é claro que é de Frank Sinatra que estamos falando, considerado por muitos como o maior cantor de todos os tempos, que partiu dessa para uma melhor em maio de 1998. Com uma daquelas vozes que acabaram se tornando sinônimo de música boa, Sinatra foi um astro completo em todos os sentidos: além do talento evidente para o métier que escolheu, ele namorou beldades da telona, foi íntimo de poderosos, criador de sucessos que marcaram época e sempre teve uma elegância toda particular, sobretudo no que diz respeito à arte de saber usar um fedora, o que fazia como poucos.

Mas o intérprete de “Fly Me to the Moon” e “My Way” também é lembrado até hoje por causa de um outro atributo que somente as mega-celebridades são capazes de preencher, que é o de sempre estar envolvido em polêmicas e situações do tipo fora da casinha. Glamurama aproveita a deixa do aniversário de nascimento dele para relembrar 5 momentos inusitados. Continua lendo… (Por Anderson Antunes)

A foto do registro policial do cantor || Créditos: Reprodução

Preso por sedução

Inegável sedutor, Sinatra certa vez passou uma noite atrás das grades depois de ter sido flagrado dormindo com uma mulher casada. o “crime” aconteceu no fim de 1938, época em que viver casos com mulheres comprometidas ainda era proibido por lei em certos lugares dos Estados Unidos. Indiciado por adultério e sedução, ele foi solto depois de 16 horas no xilindró e não chegou a ser julgado pelas acusações, uma vez que a “vítima” (o marido da tal mulher) desistiu de processá-lo.

John Kennedy e Sinatra || Créditos: Reprodução

As ligações com a máfia

Essa é tipo um tabu em certas rodas hollywoodianas. Amigo de gangsteres famosos como Carlos Gambino, o crooner nunca escondeu que tinha contatos no sub-mundo e inclusive apresentou vários de seus bffs encrencados para gente como John Kennedy, de quem ele também foi bastante próximo. A própria eleição do político à Casa Branca em 1960 teve o dedo de Sinatra, que pediu para Sam Giancana, um mafioso notório, apoiar o então candidato democrata ao cargo de presidente dos Estados Unidos nas primárias realizadas no estado americano de West Virginia. Falando nisso, o personagem Johnny Fontaine – aquele que canta feito um passarinho em “O Poderoso Chefão”, foi inspirado no cantor.

J. Edgar Hoover mandou investigar o crooner || Créditos: Reprodução

Ameaça à segurança nacional

Sinatra foi alvo de uma investigação aberta no começo dos anos 1940 a pedido de J. Edgar Hoover, conhecido por ter sido o primeiro diretor-geral do FBI. O motivo? Como fazia o maior sucesso com os jovens naqueles tempos e defendia bandeiras como a dos direitos civis dos americanos, o cantor era visto como um problema em potencial e
até como uma ameaça à segurança dos EUA. O inquérito sobre ele rendeu mais de 1,3 mil páginas cheio de pérolas. “Outro dia ouvi Sinatra no rádio e também as garotas que criavam o nome dele…”, escreveu um dos investigadores em seu relatório. “É espantoso, e acredito que seria fácil criar um ‘novo Hitler’ na América fazendo uso dessa histeria em massa”.

A maleta com a grana oferecida pelo pai de Sinatra || Créditos: Reprodução

Um sequestro muito atrapalhado

Na manhã do dia 8 de dezembro de 1963, Sinatra estava no quarto de um hotel em Stateline, no estado americano do Nevada, quando foi surpreendido por dois jovens batendo em sua porta e anunciando que iriam sequestrá-lo. A dupla logo imobilizou o cantor e o colocou no porta-malas de um carro, em seguida partindo para o lugar que serviria de cativeiro. No meio do caminho, os dois sequestradores precisaram abastecer e perceberam que estavam sem dinheiro. A solução foi emprestar uns trocados com o cantor, que não parecia estar abalado com a situação. No dia seguinte, os criminosos receberam uma ligação do pai de Sinatra, que lhes ofereceu US$ 1 milhão (R$ 3,9 milhões) pela liberação do filho. A resposta deles foi a mais inusitada possível: “Não precisa, só US$ 240 mil (R$ 936 mil) já tá de bom tamanho”. Sinatra foi resgatado são e salvo dois dias depois por agentes do FBI, e seus algozes se entregaram pouco tempo depois.

O “dooby-dooby-doo” do desenho também é coisa dele || Créditos: Reprodução

“Pai informal” do Scooby-Doo

Sabe o Scooby-Doo, um dos personagens mais populares do mundo dos desenhos animados? Pois ele se tornou um sucesso graças a Sinatra e ao refrão de um dos hits dele, “Strangers in the Night”, no qual ele canta “dooby-dooby-doo” em determinado momento. O single foi gravado pelo cantor no fim dos anos 1960, mesma época em que estreava na telinha as aventuras do cachorro medroso, que a essa altura não era o destaque da animação. A CBS, que exibia a atração, decidiu tirá-la do ar por causa dos baixos índices de audiência, mas mudou de ideia quando um de seus produtores resolveu transformar o pet no grande astro do show produzido pela Hanna-Barbera, o que ele fez depois de ouvir Sinatra entoando “dooby-dooby-doo” e entender isso como um sinal de que era o melhor caminho.

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