Se estivesse vivo, Alfred Hitchcock completaria 120 anos nesta terça-feira. Para homenagear o mestre do suspense, Glamurama relembra as musas que marcaram os filmes do diretor britânico, um dos mais importantes da história da sétima arte. De Grace Kelly a Ingrid Bergman, confira a lista abaixo.
1 – Grace Kelly
Grace Kelly foi talvez uma das mais bonitas atrizes da história do cinema – antes de abandonar a carreira para se tornar princesa de Mônaco, aos 27 anos. Ela começou a trabalhar nas telonas aos 22, mas estourou em “Mogambo”, filme de John Ford que rendeu a ela um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar – a estatueta, mesmo, veio em 1954, por seu desempenho em “Amar é Sofrer”, de George Seaton. Com Hitchcock, Grace fez filmes memoráveis como “Disque M para Matar”, “Janela Indiscreta” e “Ladrão de Casaca”. A admiração do cineasta pela atriz fez com que ele implorasse para ela voltar à ativa. Hitchcock queria Grace de qualquer jeito como protagonista de “Marnie, Confissões de Uma Ladra”, mas ela não aceitou em nome da realeza.
2- Tippi Hedren
Antes de se tornar atriz, Tippi Hedren fez carreira de sucesso como modelo, sendo capa da revista “Life” duas vezes. Ela foi descoberta pelo próprio Hitchcock após pequenos papéis na televisão, e sua estreia nas telonas foi logo no filme “Pássaros”, um dos mais aclamados do diretor, e que a transformou em estrela. As más línguas da época disseram que a rotina exaustiva de filmagens impostas pelo cineasta fizeram Hedren sofrer, mesmo assim ela voltou a trabalhar com ele em “Marnie, Confissões de Uma Ladra”, no papel que Hitchcock queria Grace Kelly. A relação conturbada entre os dois acabou virando o telefilme “A Garota”.
3- Ingrid Bergman
Musa não só de Alfred Hitchcock, mas do cinema mundial, a sueca Ingrid Bergman pode ser considerada uma das mais belas mulheres da história. Começou sua carreira ainda na Suécia, sua terra natal, aos 19 anos, fazendo um papel menor no filme “O Conde de Munkbro”. Após fazer uma série de filmes na Europa, foi levada para Hollywood para estrelar “Intermezzo: Uma História de Amor”, de Gregory Ratoff. O sucesso foi tamanho que Ingrid foi convidada para contracenar com Humphrey Bogart em “Casablanca”, se tornando um dos maiores mitos da sétima arte e a atriz mais requisitada de sua época. Com Hitchcock, fez “Quando Fala o Coração”, “Interlúdio” e “Sob o Signo de Capricórnio”. E parece que a relação entre os dois ia muito além do profissional. Dizem que Ingrid e Hitchcock tinham um caso, que acabou quando o diretor decidiu não deixar sua mulher, a roteirista Alma Reville, para ficar ela.
4 – Janet Leigh
Filha de imigrantes dinamarqueses, Janet Leigh foi descoberta ao acaso após um produtor de Hollywood se encantar com seu sorriso em uma estação de esqui. Porém, antes de começar no cinema, Leigh participou de rádio-séries até estrelar a produção “O Romance de Rosy Ridge”, de Roy Rowland, em um papel secundário. Janet só recebia papeis fúteis e tolos até trabalhar com Orson Welles no clássico “Marca da Maldade”. Depois disso, deslanchou e logo atingiu seu ápice com “Psicose”, de Hitchcock. Apesar de só ter feito um filme com o diretor, ela fez provavelmente o mais difícil: suportar o estresse emocional que ele causava – propositalmente – durante as filmagens para conseguir boas atuações.
5 – Vera Miles
Dona de uma beleza estonteante, Vera Miles já era Miss Kansas aos 19 anos, e considerada a terceira mulher mais bonita dos Estados Unidos. Em 1950, foi para Hollywood fazer papéis menores na televisão e no cinema, até assinar contrato com a Warner Bros. Ela ganhou mais visibilidade fazendo filmes com John Ford e John Wayne. Ao fazer papéis maiores, Hitchcock enxergou nela a sucessora de Grace Kelly, e assinou um contrato de exclusividade de cinco anos com a atriz. Com o diretor, Vera fez “O Homem Errado” e em 1958 ia fazer “Um Corpo Que Cai”, cujo papel principal foi criado para ela. Mas Vera ficou grávida e teve que ser substituída por Kim Novak, fazendo com que Hitchcock ficasse tão frustrado a ponto de desistir dela.
6 – Kim Novak
Kim Novak chegou a Hollywood após assinar com a Columbia. A produtora enxergava nela a sucessora de Rita Hayworth, e alguém para rivalizar com Marilyn Monroe. Kim ficou quase 10 anos fazendo papéis de femme fatale, mas no bastidores reclamava de fazer personagens parecidos. Foi quando, em 1958, caiu em seu colo o papel de Judy Barton em “Um Corpo que Cai”. Mesmo só tendo feito este trabalho com Hitchcock, foi o suficiente para ganhar o rol das grandes musas do diretor, pela qualidade de seu trabalho em um dos filmes mais icônicos dele.
7 – Doris Day
Ainda criança, Doris Day pensava em seguir carreira de dançarina, mas um acidente de carro fez com que ela desistisse do sonho. Doris seguiu, então, a carreira de cantora, começando na rádio e logo se tornando umas das profissionais mais bem pagas do mundo nas décadas de 40/50. Para Hollywood, foi um passo. Começou a fazer filmes musicais em 1948, mas foi só em 1955 que estourou no cinema com o filme “Love Me Or Leave Me”. Depois foi escalada por Alfred Hitchcock para fazer o filme “O Homem que Sabia Demais”, no qual cantou apenas duas músicas, entre elas “Que Sera, Sera” (Whatever Will Be, Will Be)”, que venceu o Oscar de melhor canção original e se tornou o maior sucesso de Miss Day.
8 – Joan Fontaine
Filha de ingleses e nascida no Japão, Joan Fontaine foi talvez a atriz que melhor atuou com Hitchock. Formada pela Royal Academy of Dramatic Art, em Londres, chegou em Hollywood já considerada uma futura estrela – porém, todas as grandes produções que ela fez fracassaram. Sua sorte mudou quando ela topou fazer “Rebeca, A Mulher Inesquecível”, filme que marcou a estreia do britânico Hitchcock no mercado americano. O sucesso foi enorme e Joan foi indicada ao Oscar. Os dois repetiram a parceria em “Suspeita”, que rendeu, enfim, a estatueta para a atriz, em 1942.