Monarca britânica há mais tempo no trono em toda a história, a rainha Elizabeth II completa 90 anos nesta quinta-feira sem aparentar a idade. Não que a vida dela tenha sido fácil, já que ela foi alçada ao posto de chefe de estado com apenas 25 anos, em 6 de fevereiro de 1952, após a morte súbita de seu pai, o rei George, e desde então dedica sua vida aos súditos. De lá pra cá, a rainha acompanhou todos os grandes acontecimentos históricos, algumas vezes como testemunha. Seu rosto é considerado o mais reconhecido em todo o mundo, e sua popularidade nunca foi tão alta. Para celebrar o aniversário de Elizabeth II, Glamurama selecionou um fato para cada uma das nove décadas vividas por ela. Confira!
1920s: Apenas dois anos após seu nascimento, em 21 de abril de 1926, a rainha já era uma das maiores celebridades do Reino Unido, ao ponto de ganhar sua própria estátua de cera no museu Madame Tussauds em 1928. Ao longo dos anos, as estátuas de cera de Elizabeth no famoso ponto turístico de Londres foram sendo renovadas, sendo a mais recente de 2012, ano do Jubileu de Diamante da monarca.
1930s: Em 1936 morria o rei George V, avô de Elizabeth. O trono foi herdado pelo tio dela, Edward VIII, que abdicou meses depois para se casar com a americana Wallis Simpson. Foi quando o pai de Elizabeth, George, se tornou rei, o que fez dela a primeira na linha de sucessão. O ano é até hoje bastante lembrado pelos britânicos como “o ano dos três reis.”
1940s: Com apenas 18 anos, e no auge da Segunda Guerra Mundial, Elizabeth se alistou no exército britânico. Durante o tempo em que serviu, ela era conhecida simplesmente como Segunda Subalterna Elizabeth Windsor, aprendeu a dirigir e foi treinada para ser mecânica de caminhões. Até hoje, a rainha é única mulher da família real que já fez parte das Forças Armadas do Reino Unido. Aliás, a rainha é a única pessoa no Reino Unido que não precisa de carta de habilitação para guiar carros. Ela também não tem passaporte.
1950s: Foi a década da ascensão ao trono da rainha, que recebeu o título em 1952 mas foi oficialmente coroada em 2 de junho de 1953, durante uma cerimônia da Abadia de Westminster. O evento foi o primeiro do gênero a ser transmitido ao vivo pela televisão e pode ser assistido na íntegra pelo Youtube.
1960s: A década marcou o nascimento do terceiro filho da rainha, o príncipe Andrew. Ele foi o primeiro filho de Elizabeth já como ocupante do trono inglês, algo que não acontecia desde quando a rainha Victoria deu à luz a princesa Beatrice, em 1857.
1970s: A rainha é fã de produtos tecnológicos e, segundo a mídia britânica, um de seus passatempos é ouvir músicas em um iPod. Pioneira, ela enviou seu primeiro e-mail em 1976, durante uma visita ao Ministério da Defesa do Reino Unido.
1980s: Em 1981, a rainha foi vítima de um atentado. O adolescente Marcus Sarjeant, então com 17 anos, disparou seis tiros de festim contra ela durante um desfile em comemoração ao seu aniversário. A rainha não se assustou, e se deitou sobre o cavalo Burmese, para acalmá-lo. Sarjeant, que admirava os assassinatos de John F. Kennedy e John Lennon, foi preso em flagrante pela Lei da Traição de 1842 e condenado a passar três anos em uma instituição psiquiátrica.
1990s: A partir dos anos 1990 a vida da rainha começou a ser mais exposta na mídia, sobretudo por conta da ascensão dos tabloides ingleses. Um dos momentos mais críticos da relação dela com a mídia aconteceu em 1992, quando o “The Sun” publicou a mensagem de fim de ano da rainha em seu texto integral dias antes de ir ao ar. Irritada, Elizabeth II emitiu um decreto contra a publicação, que ofereceu como pedido de desculpas uma doação de £ 200 mil para a ONG Save the Children a fim de evitar uma punição. A rainha aceitou as desculpas.
2000s: A partir de 2000, já com a popularidade recuperada após a morte trágica da princesa Diana, em 1997, Elizabeth II celebrou vários momentos importantes, como o Jubileu de Ouro, em 2002. Foi nesta década também que ela perdeu sua mãe, a rainha Elizabeth I, morta em 2002 aos 101 anos. Aos 90 anos, ela já participou de 265 visitas oficiais de estado a 116 países, é a mulher mais fotografada do mundo e dá sinais de que continuará no trono por um bom tempo. (Por Anderson Antunes)