Qual a relação entre trabalho, produtividade e procrastinação? Quem falou sobre o assunto foi a neurocientista Thais Gameiro, uma das criadoras da Nêmesis, que tem como objetivo preparar as empresas para os novos desafios no ambiente de trabalho, com base nos conhecimentos vindos da neurociência. Ela falou sobre essas ligações em papo ao vivo com Joyce Pascowitch nesta segunda-feira, e sobre as influências no cotidiano de cada pessoa.
Thais falou sobre a procrastinação e suas consequências: “Quando as pessoas não estão motivadas, realmente envolvidas, elas deixam a atividade para depois, empurram com a barriga, dão desculpas racionais para o que não querem fazer no âmbito emocional. Quanto mais a gente tem essa falta de motivação, mais tendemos a procrastinar, adiar o que não é prazeroso, e isso será um problema porque provavelmente era algo que não poderia ser deixado para depois e uma hora a conta vem”.
O problema pode ser resolvido assim que identificado e a neurocientista explica como isso pode ser feito: “Quando começamos a procrastinar muito, devemos perguntar o por quê, o que nos motiva a procrastinar e como resolver. A gente pode trabalhar isso do ponto de vista do indivíduo, os gatilhos, trabalhar o auto conhecimento, criar atalhos na rotina para não cair nessa armadilha. E se falar de grupos, entender como podem ficar mais unidos e chegar a uma solução conjunta”.
E como quebrar a rotina da procrastinação? ” É interessante quebrar a tarefa em pequenos pedaços, criar marcos e colocar prazos. Quando conseguir cumprir é legal se dar uma recompensa, seja o que for, pode ser um banho demorado, comer um pedaço de chocolate… é uma maneira de quebrar a rotina de fazer tudo em cima da hora”.
Entre os assuntos debatidos na live, Thais também falou de autocontrole: “É uma habilidade que você desenvolve. Nosso cérebro não é estático, a gente pode aprender essas habilidades comportamentais. Elas demoram um pouco mais, precisam de prática. A forma mais simples de desenvolver o autocontrole é se conhecer, fazer um diário, anotar o que aconteceu para ir mapeando as causas”.
E por falar em produtividade, boa parte da população foi submetida ao home office por conta da pandemia do coronavírus. Thais avalia como isso pode ter afetado o bom rendimento: “O home office era algo muito desejado, mas não dessa forma. O que a gente está vivendo na pandemia é algo imposto. Uma experiência estressante. Tudo isso diminui a produtividade e aumenta a procrastinação. As pessoas estão trabalhando mais para entregar a mesma quantidade”. Play para a conversa completa!