Tudo o que ela fala pode virar ouro. Basta seguir suas dicas e agir. Musa das finanças e idealizadora da Me Poupe!, maior plataforma de entretenimento financeiro do mundo, a jornalista Nathalia Arcuri é um fenômeno em vendas de livro, na internet, no rádio e na TV ensinando a sair das dívidas e investir. Ela começou a poupar cedo. Aos 7 anos, desapontada com os pais que não faziam uma poupança para ela, Nathalia decidiu que, a partir daquele momento, guardaria dinheiro para comprar um carro aos 18. E, assim, foi conquistando sua independência financeira, seu primeiro R$ 1 milhão investido aos 32 anos, quatro anos atrás, e mais de 6 milhões de inscritos no canal do YouTube. Confira a seguir a entrevista da jornalista à Revista J.P:
J.P: Tem gente que não investe porque não confia em outras pessoas palpitando sobre seu dinheiro. Como mudar esse pensamento?
Estudando sobre investimentos e entendendo, de acordo com as suas metas, quais as melhores opções para você e para o seu dinheiro no momento. Assim, não vai precisar que ninguém opine sobre ele, mas terá total conhecimento para você mesmo opinar. O importante é tomar as rédeas da própria vida.
J.P: Qual é o primeiro passo para começar a investir?
Tudo é uma questão de planejamento. O primeiro passo é organizar o quartinho das finanças: detalhe tudo o que você ganha e seu custo de vida, separe tudo o que for fixo (gasto que não muda mês a mês), do que for flexível (gasto com variação de preço). Isso vai ajudar você a entender para onde vai seu salário e o quanto é possível economizar. Agora que você já sabe quanto entra e quanto sai, está na hora de se desafiar, pois o que você ganha e o que gasta é o básico: parta para as metas, defina tudo o que quer para seu dinheiro a curto, médio e longo prazo. Depois de saber onde está e para onde pretende ir, se organize e estude as opções. Existe um tipo de investimento para cada necessidade, o importante é começar, nem que seja com R$ 1.
J.P: Por que você diz que é preciso olhar o extrato bancário todos os dias?
O hábito de acompanhar o extrato bancário todos os dias faz você entender para onde está indo o dinheiro e, a partir disso, definir com mais clareza quais gastos podem ser reduzidos ou até cortados. Além disso, é preciso também entender o que está sendo cobrado pelo seu banco, pois existem tarifas que o consumidor não é obrigado a pagar, mas muitas – muitas mesmo – vezes pagam.
J.P: Qual é a maior besteira financeira que as pessoas cometem?
Não existem besteiras, existem hábitos ruins que podem ser transformados. O importante é tomar conta do seu dinheiro e não deixar que ele tome conta de você.
J.P: Existem estratégias para não comprar por impulso?
Transforme tudo em metas: pegue todos os seus desejos e coloque-os no papel. Quer algo a curto prazo, seja uma calça ou um sapato? Nomeie como “metinhas”. Quer algo a médio prazo? Nomeia como “metas”. Por fim, quer algo mais complexo, a longo prazo? Nomeie como “metonas”. Respeitando o tempo de cada uma delas, será possível ter aquilo que se quer, sem abrir mão de nada, mas com maior planejamento. Existem também as compras por impulso feitas quando você vai até elas (ou agora, em casa, quando elas vão até você). Para estes casos, a dica é simples: se sabe que um tipo de compra é um gatilho consumista, não vá até onde você pode comprar e, em casos on-line, muito comuns agora que estamos mais em casa, experimente bloquear as notificações do celular de e-commerce e aplicativos que podem te convencer com aquele cupom de desconto.