Na TV desde criança, Polliana Aleixo embarca no desafio de gravar uma coprodução EUA e Brasil: “Já pensava na cena em inglês”

Polliana Aleixo || Créditos: Allan Amim

Polliana Aleixo é daquelas atrizes que praticamente nasceu em frente às câmeras. Ela estreou na telinha ainda com 11 anos, no especial “O Segredo da Princesa Lili”, na Globo, ao lado de Renato Aragão. Hoje com 24 anos, traz no currículo papeis em novelas como “Beleza Pura”, “Tempos Modernos”, “Insensato Coração”, “Cheias de Charme”,  “Em Família”, entre outras. Agora, Polliana está pronta para dar mais um passo em sua carreira: além de estrelar o filme “A Sogra Perfeita”, ela se jogou de cabeça em uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, a série “The Journey”, que está em fase de produção e deve estrear em 2021. Mesmo ainda sem muitos detalhes sobre a trama, a atriz entregou ao Glamurama que, no Brasil a intuição fala mais alto na hora do ‘gravando’, enquanto que nos Estados Unidos, a técnica é quem reina. “Eu acho que o maior desafio foi gravar nas duas línguas quase simultaneamente”, conta. Confira nosso papo completo! (por Luzara Pinho)

Glamurama: Como surgiu esse convite para participar de “The Journey”?
Polliana Aleixo: O teste para a série chegou através do meu empresário e, até então, eu não tinha muita noção do que significava quando fiz. Estava viajando com uma amiga para a fazenda da família dela e não tinha sinal lá, então foi uma verdadeira missão mandar a “selftape”. Todo o texto foi em inglês, com um vídeo do teste e outro de apresentação. Tivemos que pegar a estrada pra conseguir sinal e enviar.

G: O que você já pode adiantar da série, sobre sua personagem e a produção?
PA: A série é sobre relações e o tempo, sobre o efeito que o tempo tem nas nossas vidas, nas nossas decisões e como afeta nossas relações a longo prazo. Minha personagem leva a vida que escolheu viver, é uma mulher forte e doce ao mesmo tempo, tem muita leveza. São cinco protagonistas, todos amigos, com três atores daqui e dois de fora. Estou muito ansiosa para que todos vejam!

G: Participar de uma coprodução entre Brasil e EUA é muito diferente de participar de uma produção apenas nacional?
PA: Existem diferenças e sempre temos a chance de aprender algo. Apesar de boa parte ser aqui do Brasil, outra parte da equipe tinha essa formação profissional americana. Aqui, muitas vezes, temos uma lógica muito mais intuitiva para trabalhar, enquanto lá fora eles tem técnica para tudo, foi um aprendizado gigantesco. Não é sobre existir um jeito certo ou errado, mas sim diferentes caminhos para gente fazer a mesma coisa. E isso foi muito enriquecedor. Passei a dar ainda mais valor para os estudos, me trouxe uma perspectiva de mais preparo.

G: Como foi gravar uma série em inglês e português?
PA: Acho que o maior desafio foi gravar nas duas línguas quase simultaneamente, ficar trocando as estações (risos). Por mais que se esteja adaptado ao inglês no dia a dia, até mesmo assistindo muitas séries, filmes, entre outros, é o português que usamos o tempo inteiro. Certamente é mais fácil atuar em português porque estamos familiarizados, ou talvez porque seja o modo como já fiz muitas vezes. No entanto, foi super possível desenvolver também um trabalho que fluiu sem muita dificuldade em inglês porque foquei muito no entendimento do que era a história, já pensando na cena em inglês. A técnica ajudou muito também.

G: E a parceria com João Côrtes e Giulia Gam? Como foi nas gravações?
PA: Foi uma grata surpresa. Sempre admirei muito a Giulia Gam e dividir cena com ela foi muito empolgante. Eu e o João já nos conhecíamos, mas ficamos muito amigos neste trabalho, foi um presente gigantesco. Sempre admirei muito o João e temos o mesmo empresário e assessoria, isso já nos trazia uma certa proximidade. Como viajamos juntos por três meses, gravando em São Paulo e Sul do Brasil, foram meses longe de casa e foi só crescendo essa amizade. Essa semana mesmo ficamos até tarde no Facetime, colocando a conversa em dia, faz muito tempo que não o vejo por conta da pandemia. Um dos privilégios que meu trabalho me traz, são as amizades, já ganhei grandes amigos para toda a vida no set.

G: Quais os aprendizados você leva desse trabalho?
PA: De tudo, o mais impactante foi mostrar que sou capaz. Eu realmente não tinha noção do nível do meu inglês, porque aprendi sozinha e esse trabalho me trouxe segurança nisso, uma vontade de me preparar ainda mais. Quero começar espanhol agora. A ideia de também trabalhar fora parece cada vez mais possível e gostosa de pensar.

G: Além de “The Journey”, você têm uma novela e um filme engatilhados, né? Fale um pouco de suas personagens e a diferença entre elas.
PA: Sim, estou gravando “Gênesis” e logo em seguida gravo um longa-metragem. Tenho tido muita sorte porque cada personagem é bem diferente uma da outra e é justamente disso que gosto no meu trabalho. Na novela, faço Paltith, filha de Ló e uma personagem fortíssima. Uma mulher com bastante opinião, mais fria e calculista que minhas outras personagens desse ano. Também tem a Cileia, do filme “A Sogra Perfeita”, produzido pela Paris Filmes, que gravei e ainda será lançado esse ano, que é uma menina, mais emocional, tranquila e discreta.

G: Você começou super cedo na TV. Qual sua maior evolução como artista?
PA: A resiliência, acredito eu. Apesar de nova, vivi muitas mudanças e sei que ainda virão muitas outras. A forma que consumimos audiovisual mudou completamente, hoje em dia temos streaming, internet, Youtube, fora o cinema brasileiro que cresceu muito. Existem mais opções e fico feliz de ter acompanhado essas mudanças, sempre trabalhando e fazendo coisas novas. A parte que mais gosto da minha profissão é justamente essa, poder fazer coisas diferentes. Vejo que venho abrindo minha cabeça junto com o mercado, me preparando mais e sem medo de fazer coisas novas.

G: Como foi 2020 para você em meio à pandemia e o que espera de 2021?
PA: Foi um ano de reclusão e colocar as coisas na balança, tenho muita ciência do que vivemos e ainda estamos vivendo coletivamente, mas pessoalmente foi um ano de descanso e também de muita preparação. Tive tempo de estudar, fiz vários cursos e comecei espanhol. No meio do ano surgiu o convite para a novela “Gênesis”, então foi um ano onde tive tempo para focar em mim, nas minhas prioridades e estudos. Esse ano, estou ainda vivendo um dia de cada vez, apesar de estar confiante sobre o que vem por aí nos próximos meses com a vacina. Quero trabalhar muito, visitar os amigos que estão longe e viajar. O ano está só começando e já tenho bastante coisas engatilhadas para acontecer, estou muito empolgada!

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