BALANÇO
Final de ano é época de balanço. Geralmente as pessoas olham para trás para avaliar quais “promessas de Ano Novo” foram cumpridas e quais foram abandonadas no meio do caminho, as decisões acertadas e os erros cometidos. É hora de traçar novas metas, mesmo que saibamos que muitas delas nunca passarão de simples desejos. No caso de Na Estante, onde passamos o ano todo falando de livros, ficamos curiosos para saber quais foram as obras mais vendidas de 2010, então, pedimos para a Livraria da Vila preparar uma lista com os três primeiros de ficção e de não ficção. Confira:
Ficção
1º – “Símbolo Perdido”, Dan Brown (Sextante)
Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma perseguição em Paris, Robert Langdon, desta vez, usa seus conhecimentos de simbologia e sua habilidade para solucionar problemas em Washington, nos Estados Unidos. O professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – a dar uma palestra no Capitólio, mas, ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha.
2º – “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)
À primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores ricos e tradicionais. Para que se possa ingressar no prédio e conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou — por que não? — duas agentes. É justamente o que faz Barbery neste seu segundo romance.
3º – “A Ilha Sob Mar”, Isabel Allende (Bertrand Brasil)
O romance narra a vida de Zarité, a escrava que foi vendida aos nove anos de idade para o francês Toulouse Valmorain, dono de uma das maiores plantações de cana-de-açúcar nas Antilhas. Como escrava doméstica, ela não padeceu as dores e as humilhações de seus iguais, mas conheceu as misérias de seus patrões – os brancos.
Não Ficção
1º – “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leandro Narloch (Leya)
Neste livro, o autor parte da ideia de que a história do Brasil é geralmente contada por meio de chavões, e prefere olhá-la de uma perspectiva que ultrapassa a divisão de seus personagens em mocinhos e bandidos.
2º- “1822”, Laurentino Gomes (Nova Fronteira)
Nesta aventura pela história, o leitor é conduzido por uma jornada pela Independência do Brasil, que cobre um período de quatorze anos, entre 1821, data do retorno da corte portuguesa de D. João VI a Lisboa, e 1834, ano da morte do imperador D. Pedro I. O livro procura explicar como o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como nação independente em 1822.
3º – “Comer, Rezar e Amar”, Elizabeth Gilbert (Objetiva)
Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer – um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Então, tomou uma decisão radical – livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu sozinha para uma viagem de um ano pelo mundo.
Por Anna Lee