CHEGA DE SAUDADE
A Academia Brasileira de Letras inaugurou nesta quinta-feira, 28, uma exposição sobre o poeta e compositor Vinicius de Moraes (1913-1980) para celebrar sua nomeação como Embaixador do Brasil neste ano em que se completam 30 anos de sua morte. A mostra permanecerá no Centro Cultural da sede da ABL, no Rio, até o dia 26 de novembro.
O Poetinha, como Vinicius era conhecido, começou a ganhar notoriedade no cenário musical brasileiro quando estreou sua peça de teatro “Orfeu da Conceição”, em 1956.
Dois anos antes, ele havia escrito essa peça, premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo e publicada na revista "Anhembi, e também sua coletânea de poemas, “Antologia Poética”.
Foi justamente quando procurava alguém para musicar “Orfeu da Conceição” que Vinícius conheceu Tom Jobim, na época, um jovem de 29 anos que vivia da venda de músicas e arranjos nos inferninhos de Copacabana. Do encontro entre os dois surgiria uma das mais fecundas parcerias da música brasileira. O álbum “Canção do Amor Demais”, composto por eles e gravado pela cantora Elizeth Cardoso, constituiria a pedra fundamental da Bossa Nova, em 1958. Uma de suas canções, “Chega de Saudade”, seria essencial para esse movimento por ter contado com a participação de um violonista, chamado João Gilberto, que, com seu inovador modo de tocar o violão, caracterizado por uma nova batida, marcaria definitivamente a Bossa Nova e a tornaria famosa no mundo inteiro.
Para também prestar uma homenagem a Vinicius, esta coluna selecionou dois livros que considera importantes para se conhecer a obra e vida do Poetinha: “Nova Antologia Poética”(Cia. Das Letras), de Vinicius de Moraes (organização de Antonio Cicero e Eucanaã Ferraz), e “Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão”(Cia. Das Letras), de José Castello.
OS MAIS VENDIDOS NA VILA 15 a 22/10
Ficção
1. “Solar”, Ian Mcewan (Cia. das Letras)
2. “O Tempo entre Costuras”, Maria Duenas (Planeta do Brasil)
3. “Queda de Gigantes”, Ken Follett (Sextante/GMT)
4. “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, Edney Silvestre (Record)
5. “Pantaleão e as Visitadoras”, Mario Vargas Llosa (Alfaguara)
6. “Elogio da Madrasta”, Mario Vargas Llosa (Alfaguara)
7. “Em Alguma Parte Alguma”, Ferreira Gullar (José Olympio)
8. “De Verdade”, Sandor Marai (Cia. das Letras)
9. “Equador”, Miguel Sousa Tavares (Nova Fronteira)
10. “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)
Não-ficção
1. “1822”, Laurentino Gomes (Nova Fronteira)
2. “Comprometida”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)
3. “Comer, Rezar, Amar”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)
4. “Não há Silêncio que não Termine – Meus anos de Cativeiro na Selva Colombiana”, Ingrid Betancourt (Cia. das Letras)
5. “1808”, Laurentino Gomes (Planeta)
6. “Ruth Cardoso – Fragmentos de Uma Vida”, Ignácio de Loyola
7. “Dez X 10 – 100 Receitas para Comer de Joelhos”, Carla Pernambuco (Leya Brasil)
8. “Sabres e Utopias – Visões da América Latina”, Mario Vargas Llosa (Objetiva)
9. “Na Cozinha com Carolina”, Carolina Ferraz (Jaboticaba)
10. “Ágape”, Padre Marcelo Rossi (Globo)
por Anna Lee