Anna Lee fala sobre o escritor francês Marcel Proust.

EM BUSCA DOS MANUSCRITOS DE PROUST

Na entrada do Musée des Lettres e Manuscrits, em Paris, atualmente com a exposição “Proust du Temps Perdu au Temps Retrouvé”, encontra-se uma frase do escritor francês Marcel Proust (1871-1922) que, numa tradução livre, diz: O acervo privado deve ser transformado em museu, caso contrário, a sociedade ficará frustrada.

A mostra com a qual o museu inaugura seu novo endereço no boulevard Saint-Germain é justamente uma tentativa de atender ao desejo do escritor. No total, são 160 documentos expostos, incluindo muitas cartas inéditas, manuscritos, fotos raras e desenhos retirados das coleções particulares de André Maurois, que foi biógrafo de Proust, de Suzy Mante-Proust, sua sobrinha, e de Simone de Caillavet, filha de um amigo do escritor, que o inspirou na criação da personagem Mademoiselle de Saint-Loup.

Descobrir entre cartas escritas pelo próprio Proust a forte ligação que ele tinha com a mãe e ainda as sucessivas correções e observações que ele fez nos originais de “Em Busca do Tempo Perdido” é uma experiência incrível. Realmente, eu ficaria frustrada se soubesse que eu jamais poderia contemplar esta documentação por ela estar em acervos particulares.

BOX

A Ediouro lançou ano passado no Brasil uma nova edição de “Em Busca do Tempo Perdido” que é apresentada em um box com três volumes contendo os sete livros originais da obra e já está na Estante do Glamurama.

Por Anna Lee

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