O jornalista Ronaldo Bressane quis saber o que acontece quando um escritor transforma em conto uma música de Chico Buarque. O resultado foi o livro. Confira.

CHICO EM PROSA

É sabido que quem conta um conto aumenta um ponto. Já o jornalista Ronaldo Bressane quis saber o que acontece quando um escritor transforma em conto uma música de Chico Buarque. O resultado foi o livro “Essa História Está Diferente” (Companhia das letras), lançado recentemente, que reúne dez letras do compositor transformadas em prosa por dez escritores nacionais e internacionais.

Entre os brasileiros, João Gilberto Noll recriou “Vitrines” e conta a relação obsessiva entre dois homens que se conhecem numa galeria; Luis Fernando Veríssimo fez de “Feijoada Completa” uma espécie de comédia da vida privada, e Xico Sá transformou “Folhetim” numa história de um triângulo amoroso narrado por um carioca desmemoriado que talvez tenha perdido a mulher numa Quarta-Feira de Cinzas.

Entre os autores internacionais, o mexicano Mario Bellatin inspirou-se em “Construção” para falar de um homem que, numa consulta ao fisioterapeuta, escuta uma história bizarra envolvendo uma declamadora de versos e um papagaio, e o moçambicano Mia Couto escreveu um conto romântico a partir de “Olhos nos Olhos”.

SELEÇÃO

Foram anunciados na terça-feira, 20, na Feira do Livro de Londres, os finalistas do Orange Prize for Fiction. A escritora britânica Hilary Mantel, que no ano passado venceu o Booker Prize pelo romance “Wolf Hall” (Fourth Estate), sobre a intriga política ocorrida no reinado de Henrique VIII, na Inglaterra, é uma das indicadas pelo mesmo livro, além de: Rosie Alison, por “The Very Thought of You” (Alma Books); Barbara Kingsolver, autora de “The Lacuna” (Faber), Attica Locke, por “Black Water Rising” (Serpent’s Tail); Lorrie Moore, por “A Gate at the Stairs” (Faber); e Monique Roffey, autora de “The White Woman on the Green Bicycle” (S&S). O vencedor será anunciado no dia 9 de junho e levará o prêmio de 30 mil libras.

Por Anna Lee

Sair da versão mobile