A Academia Brasileira de Letras promoveu um concurso no Twitter.

BREVIDADE

Há algum tempo o escritor português e prêmio Nobel de Literatura José Saramago, numa entrevista, disse sobre o fenômeno do Twitter que: “Os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”. E mais: que “a tão louvada clareza das sínteses é, não raro, enganosa”. Por outro lado, há escritores que defendem que escrever é, sobretudo, cortar palavras, como Hemingway que aconselhava: “Corte todo o resto e fique no essencial”.

Se estamos nos aproximando cada vez mais rápido do grunhido ou se o Twitter está contribuindo para que as pessoas, e não somente escritores, apurem sua escrita é um debate que ainda deve render. O fato é que a Academia Brasileira de Letras parece já ter tomado sua posição: acaba de lançar o Concurso Cultural de Microcontos do “Abletras”, o Twitter da ABL. Sim, até a Academia Brasileira de Letras está no Twitter.

Para participar é obrigatório ser seguidor do “Abletras” e enviar para o email

academia@academia.org.br um microconto contendo no máximo 140 caracteres, com tema livre, e dados pessoais, até 30 de abril. O regulamento completo está no site da ABL.

MICROCONTOS TAMBÉM SÃO…

… a matéria-prima do livro “Contos Mais que Mínimos” que a jornalista e escritora Heloísa Seixas lança na segunda-feira, 22, pela editora Tinta Negra.

A obra tem ao todo 60 microtextos, cada um com apenas 500 caracteres, publicados originalmente quando a autora era colunista da “Folha de S. Paulo”, que abordam de forma intensa, temas como amor, solidão, literatura, fantasmas e o universo, em recortes afiados do espaço urbano contemporâneo, com suas idiossincrasias e contradições.

 OS MAIS VENDIDOS NA VILA 05 a 12/03

Ficção

1. “O Símbolo Perdido”, Dan Brown (Sextante)

2. “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)

3. O Mundo Pós – Aniversário, Lionel Shriver (Intrinseca)

4. “O Vendedor de Armas”, Hugh Laurie (Planeta)

5. “A Cabana”, William P. Young (Sextante)

6. “O Livro de Haicais”, Mario Quintana (Globo)

7. “Doutor Pasavento”, Enrique Vila- Matas (Cosac Naify)

8. “Trem Noturno para Lisboa”, Pascal Mercier (Record)

9. “Gonzos e Parafusos”, Paula Parisot (Leya)

10. “Desilusões de um Americano”, Siri Hustvedt (Cia. das Letras)

Não-ficção

1. “The Beatles – A História por Trás de Todas as Canções”, Steve Turner (Cosac Naify)

2. “Cozinha Natural Gourmet”, Tatiana Cardoso (DBA)

3. “Comer, Rezar, Amar”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)

4. “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leonardo Narloch (Leya)

5. “Um Certo Verão na Sicília”, Marlena de Blasi (Objetiva)

6. “As 100 +”, Nina Garcia (Best Seller)

7. “Clarice, – Uma Biografia”, Benjamin Moser (Cosac Naify)

8. “Pelé 70”, Xico Sá (Realejo)

9. “A Viúva Clicquot”, Tilar J. Mazzeo (Rocco)

10. “Chico Buarque – Histórias de Canções”, Wagner Homem (Leya)

Por Anna Lee

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