Museu famoso do sul da França descobre que mais da metade de seu acervo é falso

Quadro em exposição no Musée Étienne Terrus || Créditos: Getty Images

Inaugurado em 1994 em homenagem ao pintor Étienne Terrus, o Musée Terrus de Elne – para obrigatória para os turistas que viajam pelo sul da França – se autointitula como o maior dedicado à obra do artista que viveu entre 1857 e 1922. Só tem um problema: uma análise recente feita por especialistas evidenciou que mais de 80 obras atribuídas a Terrus e expostas há mais de 20 anos são falsas.

É um número e tanto que corresponde a mais da metade do acervo do museu. Entre as telas que têm a assinatura forjada de Terrus há inclusive várias que retratam prédios construídos em Elne depois da morte dele. Foi justamente isso que chamou a atenção do historiador Eric Forcada, que coordenou os trabalhos de checagem.

As autoridades da cidadezinha francesa já investigam o caso, cujos prejuízos já calculados passam dos € 160 mil. O maior medo delas é que os visitantes que pagaram para ver obras e que acreditavam ser legítimas entrem como uma ação conjunta para pedir indenização por possivelmente se considerarem vítimas do faux pas.

Apesar de não ser tão conhecido do grande público, Terrus é considerado um dos melhores pintores de paisagem da escola francesa e um dos precursores do fauvismo, movimento criado por não seguidores do cânone impressionista que teve entre seus líderes Henri Matisse, amigo íntimo dele. (Por Anderson Antunes)

Sair da versão mobile