Murilo Rosa é o típico boa praça, pai de família, sempre na dele… Nunca se envolveu em polêmicas, é querido por todos, mas estava de saco cheio de ficar sempre nesse universo também na ficção. “Só me davam heróis românticos para fazer. Não aguentava mais ser o bonzinho. O vilão pode tudo, não tem o limite do politicamente correto. Quando acabou ‘Araguaia’, avisei na Globo que queria interpretar um mau caráter da próxima vez. Consegui”, comemora. Em “Salve Jorge”, de Glória Perez, ele é Élcio, um capitão da cavalaria, assim como Theo, o protagonista, vivido por Rodrigo Lombardi. Mesmo quando Élcio tem um desempenho melhor, a impressão que fica é que Theo é favorecido pelo coronel. O sentimento de injustiça é que estimula a vingança. “Aí ele escolhe o lado negro da força”, brinca o ator.
Mas não pense que estamos falando de um malvado carrancudo. Pelo contrário: é um lobo em pele de cordeiro. “Ele é o cara, simpático, cheio de atitude e de humor, um homem competente e preparado, além de mulherengo. O pior inimigo é o que não se identifica como tal. Tem uma pessoa que conheço que é igual ao meu personagem. Fala de forma envolvente e aí solta aquela piadinha sacana só pra machucar o outro.”. É, as aparências enganam, glamurette…