Tal como Brigitte Macron, que odeia ser chamada de “primeira-dama”, Beatriz Gutiérrez Müller – a mulher do presidente eleito do México, Andrés Manual López Obrador – também não é muito fã do termo. Só que ao contrário de sua colega francesa, a jornalista e escritora de 49 anos foi ainda mais longe e já avisou que quer ser chamada apenas pelo primeiro nome “e nada mais” assim que seu marido assumir o Palácio Nacional, a sede do governo mexicano, no dia 1º de dezembro.
Beatriz, que é doutora em Teoria Literária e está sendo apontada pela mídia como a mulher de um presidente mexicano com mais títulos acadêmicos em toda a história, considera o título de primeira-dama “classista”. “Não acredito que existam mulheres de primeira nem de segunda, assim como não existem homens de primeira e nem de segunda”, ela tem dito nas entrevistas que concede.
Vale lembrar que logo depois da eleição de Emmanuel Macron para a presidência da França, em maio do ano passado, mais de 300 mil cidadãos franceses se posicionaram contra a oficialização do cargo de primeira-dama no país em uma petição online. A ideia foi proposta por assessores do político, que tentaram capitalizar a boa imagem da mulher dele, mas a própria Brigitte se mostrou relutante por achar que isso era uma besteira sem qualquer efeito positivo para a população. (Por Anderson Antunes)