O mundo lamenta a morte de Jöel Robuchon, o chef com mais estrelas Michelin da história – 32 no total. Robuchon morreu nesta segunda-feira, aos 73 anos, em Genebra, por conta de um câncer, informou a assessoria de imprensa. Há um ano ele já havia passado por uma cirurgia por conta de um tumor no pâncreas e estava em tratamento, mas não resistiu.
Nascido em 1945, na cidade de Poitiers, no centro-oeste da França, Robuchon recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira por seus feitos na cozinha, entre eles o título de melhor cozinheiro do século por Gault & Millau, em 1990, e nada menos que 32 estrelas Michelin. Quando completou 50 anos, ele viu sua vida mudar, ao ter seu seu restaurante, L’Atelier de Jöel Robuchon, eleito o melhor do mundo pelo renomado jornal “International Herald Tribune”. A partir daí, deixou o expediente na cozinha e passou a dividir seus conhecimentos culinários na televisão. Hoje sua rede de restaurantes está espalhada por 12 cidades do mundo como Paris, Tóquio, Macau, Mônaco, Hong Kong, Las Vegas e Bangkok, sendo que cinco deles possuem três estrelas Michelin.
Patricia Wells, autora de gastronomia que escreveu um livro sobre o chef e seus alunos, falou: “Descrever Joël Robuchon como cozinheiro é como chamar Pablo Picasso de pintor, Luciano Pavarotti de tenor e Frédéric Chopin de pianista.” Gênios que deixam em comum um legado imortal.
Abaixo, curiosidades sobre o chef.
Apesar de trufas e caviar não serem estranhos a suas receitas, sua comida era descrita como simples porque não levava mais do que quatro ingredientes para o preparo de cada prato.
Sua revolução gastronômica começou com a abertura, em Paris, de seu primeiro L’ Atelier: restaurante intimista onde, no início, jantares eram servidos em um balcão em volta da cozinha e reservas não eram aceitas.
Seu objetivo era fazer com que os clientes se sentissem à vontade, deixando-os interagir com o chef. Para ele, o foco deveria ser a comida.
Suas estrelas não são atribuídas apenas ao primor dos pratos, mas ao ambiente e serviço.