Arquiteto, engenheiro, cenógrafo, artista plástico, desenhista, antropólogo amador e antropófago; estas são algumas das funções atribuídas a Flavio de Carvalho, modernista falecido em 1973, que ganha exposição na Oca do Ibirapuera, hoje Museu da Cidade,a partir do dia 6 de fevereiro. São mais de 182 obras, entre pinturas, aquarelas, figurinos e objetos pessoais, além de uma reconstrução sonora, dirigida por Camila Mota, do Teatro Oficina, vivenciando a “Experiência nº 2” do artista, com as vozes dos músicos Junio Barreto e Celso Sim e de atores como Pascoal da Conceição. Para a exposição, intitulada “Flavio de Carvalho: A Experiência como Obr”a, o artista gráfico Guto Lacaz criou o logotipo e, entre algumas obras inéditas, está a blusa de manga bufante que Flavio de Carvalho usou com saia, meia arrastão, sandália e chapéu em sua “Experiência nº3”, em 1956 – a produção foi batizada “new look” e seria o vestuário ideal para o homem dos trópicos.
Em tempo: a exposição faz parte das comemorações aos 460 anos de São Paulo e a ideia é que o museu abrigue anualmente uma mostra de um artista paulistano, utilizando de acervos das instituições culturais da cidade.