Na última sexta-feira, mesma semana em que a magistrada Carmén Lucia foi empossada como a segunda mulher a ser presidente do STF, e no mesmo mês em que Laurita Vaz tomou posse como primeira presidente mulher na história do STJ, um grupo de ministras do Poder Judiciário brasileiro se reuniu no gabinete da presidência do STJ para discutir temas ligados ao empoderamento feminino na sociedade. A reunião foi promovida pela própria Laurita e idealizada pela Revista “Observatório Feminino”.
Participaram do debate as ministras Laurita Vaz, Assusete Magalhães e Regina Helena Costa, do STJ, a ministra Luciana Lóssio, do TSE, as ministras Maria Cristina Peduzzi, Maria de Assis Calsing e Katia Arruda e Delaíde Alves, do TST, e a ministra Maria Elizabeth Magalhães, do STM.
Laurita Vaz destacou seu papel de referência a favor da luta feminina no judiciário. “Sempre falo e tenho até repetido isso para colegas em outras oportunidades: eu procuro ser cada dia melhor e, para sermos cada dia melhor, significa sermos mais justas, mais humanas, mais solidárias”.
Dos 89 ministros atualmente em exercício na cúpula do judiciário, somente 16 são mulheres. Ou 15, se pararmos para analisar que Rosa Weber ocupa vaga simultânea no TSE. Isso significa apenas 18% de representatividade feminina nos cinco tribunais superiores do Brasil. Em declaração à revista “Observatório Feminino”, Laurita Vaz destacou que esse quadro é resultado dos percalços sociais e culturais que a mulher até hoje enfrenta, em um caminho ainda lento pela isonomia de gênero.