Jeffrey Epstein, que se suicidou na cadeia, mantinha quadro de Bill Clinton vestido de mulher em casa

Bill Clinton || Créditos: Reprodução

Jeffrey Epstein, que morreu na semana passada em um aparente suicídio, mantinha um verdadeiro museu de esquisitices na townhouse de US$ 77 milhões (R$ 307,8 milhões) onde morava em Nova York. A propriedade foi visitada por policiais várias vezes desde a prisão dele, no começo de julho, sob a acusação de abuso sexual contra várias menores de idade, e durante uma dessas passadinhas por lá descobriram coisas como uma boneca inflável suspensa no teto por um candelabro, um poodle empalhado junto com as próprias fezes e até um óleo sobre tela no qual Bill Clinton é retratado na pele de uma mulher de pernas longilíneas e a bordo de um vestido azul idêntico àquele famoso usado por Monica Lewinsky no Salão Oval da Casa Branca.

No caso dessa última “obra”, que teve como inspiração um trabalho da artista australiana Petrina Ryan-Kleid, ninguém sabe ao certo se a intenção do autor era homenagear ou ‘tirar uma’ do ex-presidente dos Estados Unidos, de quem Epstein já foi bastante próximo, mas certamente trata-se de algo que colocará ainda mais lenha na fogueira das teorias conspiratórias que circulam nas redes dando conta de que a morte do milionário foi encomendada pelo político e sua mulher, Hillary Clinton, como uma forma de queima de arquivo.

Absurdos à parte, a verdade é que Epstein sempre teve relações estreitas com vários poderosos dos EUA e até de outros países, tanto de direita quanto de esquerda, e muitos deles respiraram aliviados com a notícia de que ele supostamente tirou a própria vida. Para o azar dessas pessoas, no entanto, os processos nos quais Epstein era réu não serão arquivados tão cedo, uma vez que muitas das supostas vítimas daquele que já foi descrito como um dos “reis de Wall Street” se preparam para acionar judicialmente os administradores do espólio deixado pelo financista, e estimado em US$ 500 milhões (R$ 2 bilhões), a fim de garantir pelo menos indenizações por danos morais agora que perderam a chance de garantir a justiça terrena. (Por Anderson Antunes)

O quadro encontrado na townhouse de Epstein || Créditos: Reprodução
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