A lista com os principais atributos das mulheres que já ocuparam o cargo de primeira-dama dos Estados Unidos é longa e eclética. Jacqueline Kennedy é até hoje considerada um exemplo de estilo e elegância. Já Eleanor Roosevelt exerceu tanta influência no governo de seu marido, Franklin D. Roosevelt, que chegou a ser considerada a mulher mais poderosa do mundo.
E o que dizer de Michelle Obama, que em algumas semanas entrará para o hall das ex-primeiras-damas americanas com uma popularidade tão alta quanto a de Barack Obama, que deixará a Casa Branca após oito anos como presidente? Tão poderosa quanto Eleanor e expert em se vestir bem, tal como Jackie, Michelle já deixou sua marca na história, e o consenso é que a gente ainda vai ouvir muito sobre ela.
Enquanto isso, listamos abaixo os dez motivos pelos quais a “Sra. Obama” pode ser considerada a primeira-dama mais cool de todos os tempos. Confira!
Ela é fit
Logo que chegou na Casa Branca, Michelle decidiu que iria usar todo a estrutura disponibilizada para ela em prol de uma boa causa: a luta contra a obesidade infantil. Uma das primeiras iniciativas dela, inclusive, foi plantar uma horta na residência oficial. O espaço verde conta com pouco mais de 100 metros quadrados e é visível pra quem passa pelo lado de fora da Casa Branca, uma das exigências de Michelle. A experiência até rendeu um livro – “American Grown: The Story of the White House Kitchen Garden and Gardens Across America” (“Cultivado na América: a história da horta da Casa Branca e de hortas por toda a América”) – que ela lançou em 2010.
E conselheira
Bastante à vontade na presença dos mais jovens, Michelle sempre gostou de dar conselhos para eles, muitas vezes com base em suas próprias experiências de vida. Em 2015, durante um encontro com garotas promovido pela revista “Glamour” americana, a primeira-dama sugeriu a elas que dessem mais importância aos livros do que a garotos. “Se eu tivesse me preocupado com quem gostava ou não de mim [na idade de vocês], não teria me casado com quem hoje é o presidente dos Estados Unidos”, ela disse na ocasião.
Sabe se divertir como ninguém
Fã confessa de programas de fim de noite da TV americana, Michelle apareceu em várias atrações do gênero nos últimos oito anos. Em alguns momentos, fazendo história, a exemplo da coreografia que ela desenvolveu com Jimmy Fallon, sobre a maneira como as mamães de ontem e de hoje dançam, ou quando se rendeu ao “Carpool karaoke” do comediante James Corden, ocasião em que dividiu os vocais com ninguém menos que Missy Elliott.
Já mencionamos que ela é ícone de moda?
Entre aqueles que mais vão sentir falta de Michelle quando ela deixar a Casa Branca, a indústria da moda é um dos destaques. Com 1,80 m de altura e cerca de 73 quilos, ela se tornou uma espécie de porta-voz de estilistas americanos mundo afora, já que sempre deu preferência aos looks deles em sua aparições públicas. Michelle também incluiu em seu guarda-roupa ao longo dos anos peças com preços acessíveis, dessas facilmente encontradas em redes de fast-fashion. Antes dela, só mesmo na época de Jackie Kennedy que as escolhas de vestuário de uma primeira-dama renderam tanta notícia.
Ela não leva desaforo pra casa, não!
Em 2013, no almoço comemorativo pela segunda posse de Obama como presidente dos Estados Unidos, Michelle se sentou ao lado de John Boehner, então presidente da Câmara dos Representantes e terceiro na linha sucessória americana. Em determinado momento, o político fez uma piada sobre Obama, da qual Michelle não achou muita graça, a julgar pelo olhar dela, flagrado pelas câmeras. Precisa dizer que a cena virou meme?
Michelle também já teve seus momentos de atriz
Sem a menor dificuldade para fazer graça com a própria imagem, Michelle aceitou um convite dos produtores do “Saturday Night Live”, o principal humorístico da TV americana, para participar ao vivo da atração, contracenando com Will Ferrell e Jimmy Fallon. Além da ponta no SNL, ela também gravou participações especiais nas séries “NCIS”, “Vila Sésamo” e “Parks e Recreation”.
E até já entregou um Oscar
Este aconteceu um fato inédito na vida de uma primeira-dama: na cerimônia de 2013 do Oscar, Michelle apareceu de surpresa em um telão do teatro Dolby, em Hollywood, diretamente da Casa Branca. Coube a ela anunciar os candidatos na categoria de Melhor Filme do Ano, a mais importante da premiação. O filme vencedor foi “Argo”, produção dirigida e estrelada por Ben Affleck. Mais tarde, o ator disse em entrevistas que o momento foi “alucinante”.
Na hora de falar sério, ela também dá show
Durante a última campanha presidencial americana, Michelle subiu no palanque em várias ocasiões para defender a candidatura de Hillary Clinton. E um dos momentos mais marcantes da mais disputada corrida pela Casa Branca dos últimos tempos foi justamente protagonizado por ela, durante a convenção do Partido Democrata, em julho. O discurso dela, que rendeu manchetes e foi assistido por milhões de pessoas, foi tão bem recebido entre os democratas que parte deles já se articula para convencê-la a disputar a presidência em 2024. Por enquanto, ela não se mostrou interessada na ideia.
E o look de arrasar do último jantar de estado na Casa Branca?
No último jantar de estado oferecido na Casa Branca, em outubro, Michelle deixou todo mundo de boca aberta quando apareceu vestindo um modelo dourado Atelier Versace, combinando com brincos de diamantes Le Vian. A ocasião era em homenagem ao primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e sua mulher, Agnese Landini, mas quem brilhou – literalmente – foi a primeira-dama.
Com um currículo desses, a vida pós-Casa Branca promete
Como foi uma primeira-dama única, Michelle dificilmente vai sumir do noticiário, como aconteceu com Barbara Bush, por exemplo. As apostas sobre o futuro dela incluem desde um programa de TV, já que ela simpatiza bastante com o veículo, até a possibilidade, mais provável, de que se torne uma das palestrantes mais bem pagas do mundo. Isso sem contar a torcida que já existe para que ela se aventure em uma vida política. Vale lembrar que Michelle estudou em instituições prestigiadas dos Estados Unidos, como Harvard e a Brown University, e antes de largar o emprego para fazer campanha pela candidatura do marido à presidência era uma advogada de sucesso, que, inclusive, ganhava bem mais do que ele. (Por Anderson Antunes)