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Dando sequência à série de lives com ex-presidentes do Brasil, Joyce Pascowitch entrevistou nessa terça-feira Michel Temer, vice-presidente de Dilma Roussef, que assumiu o cargo após o impeachment dela. Advogado e professor, Temer falou sobre sua passagem pelo Palácio do Planalto, sobre Dilma, sobre a pandemia do coronavírus, sobre o novo governo de Jair Bolsonaro, sobre o #ForaTemer e sobre o #FicaTemer. Confira alguns trechos da conversa:

Impeachment
“Confesso que eu e a ex-presidente nunca mais nos falamos. Durante o mandato ela teve problemas com o congresso, a história das pedaladas, que resultou no impeachment, mas sempre digo que, no meu modo de ver, Dilma é uma pessoa correta, honesta, sem problemas de envolvimento com corrupção. Não participei do movimento para a saída dela. Fui vítima do impeachment. O vice é sempre o principal suspeito. E justamente para evitar qualquer dúvida, saí de Brasília e fiquei em São Paulo até todo o processo terminar.”

#ForaTemer
“Quando você assume um cargo como o de presidente da República, a primeira tarefa é não dar atenção às críticas. Por isso, o #ForaTemer não me incomodava. Foi um movimento político que foi esmaecendo com o passar do tempo. E no final virou até #FicaTemer. Logo que deixei a presidência me perguntaram  do que ia sentir mais falta e eu disse que seria do #ForaTemer.”

Pandemia
“É  um momento crítico e deveria haver uma unidade nacional em torno do combate à pandemia promovida pelo presidente. Porque esse vírus não escolhe partido, classe social. Primeiro temos que preservar vidas. A economia se recupera, as vidas não. Essa não pode ser uma briga política e sim uma briga pela vida. Os poderes são independentes mas harmônicos entre si. Essa é uma determinação para todas as autoridades constituídas. Quem deu essa determinação? O povo que é o titular do poder. No instante que há uma desarmonia, há uma inconstitucionalidade.”

Jair Bolsonaro
“Há pouco mais de 45 dias tomei a liberdade de ligar para o presidente, num sábado à tarde, e perguntei ‘Presidente, você me permite dar um palpite?’ Ele disse ‘Claro!’. Aí falei: ‘Primeiro ponto, acho que o senhor deveria decretar o isolamento social por uns 12 dias ressalvadas as atividades essenciais dizendo que depois desse prazo iria reexaminar esse assunto. Porque esse é um assunto revisável a cada 10, 12 dias, pra ver onde vai parar essa pandemia’. E ele disse ‘Boa ideia, vou fazer isso’. Só que no dia seguinte ele foi para aquela feira em Taguatinga. Se pudesse dar um novo palpite eu diria ‘presidente chame os governadores virtualmente, os presidentes das casas e do supremo, dos partidos de situação e oposição, e falaria para nos unirmos para combater o vírus e depois os problemas da economia. Vamos deixar a briga para a época eleitoral’.”

Para conferir a entrevista completa, play abaixo:

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