Meses atrás ele dirigia um Uber, e agora é autor de best-seller que vai virar filme. Prazer, Adrian McKinty!

Adrian McKinty || Créditos: Reprodução

Não faz muito tempo, Adrian McKinty era apenas mais um imigrante da Irlanda do Norte radicado na Austrália, como tantos outros conterrâneos seus que existem por lá, e que ganhava a vida dirigindo um Uber. Até que alguns meses atrás, quando foi buscar um cliente no aeroporto de Melbourne tarde da noite, McKinty engatou uma conversa com o passageiro e, papo vai, papo vem, contou a ele detalhes sobre seu grande sonho de se tornar escritor de sucesso, e do qual àquela altura estava quase abrindo mão tamanha era a dificuldade para torná-lo realidade.

Acontece que o tal passageiro por acaso era Shane Salerno, um dos maiores agentes literários entre os australianos, que ao fim da corrida deu seu cartão para o motorista sonhador e pediu que este lhe enviasse um manuscrito de um thriller no qual trabalhava. McKinty, claro, não perdeu tempo e logo atendeu o pedido, e para sua surpresa pouco tempo depois foi convidado para se tornar mais um representado por Salerno.

A partir daí os dois acertaram os últimos detalhes do contrato de seis dígitos para a publicação da obra, cujo título é “The Chain” (“A Corrente”) e gira em torno de um sequestro cheio de reviravoltas em que parentes da vítima precisam cometer outros crimes a fim de libertá-la. Bastante elogiado pela crítica, o livro foi lançado no último dia 9 e já entrou até na lista dos mais vendidos do “The New York Times”.

Tamanho sucesso chamou a atenção da Paramount, que na última semana ofereceu a McKinty uma soma milionária pelos direitos de “The Chain” para a telona. Um filme baseado na história dele já está em fase de pré-produção, e há a possibilidade de que outros de seus títulos publicados sem muita promoção sejam relançados. “Tem sido bizarro”, McKinty declarou sobre sua nova rotina de autor de best-seller em entrevista ao “The Guardian”, que inclusive o comparou a Ian Fleming, criador da saga sobre o agente James Bond. Tá bom pra você? (Por Anderson Antunes)

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